Rio
Justiça mantém prisão do ex-vereador Gabriel Monteiro que será levado para Bangu
Prisão de Gabriel Monteiro foi determinada por força de mandado expedido pelo juízo da 34ª Vara Criminal, no processo em que o ex-vereador é denunciado por estupro de uma jovem
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O ex-vereador Gabriel Monteiro será levado para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (9). A Justiça do Rio manteve nesta terça (8), manter a prisão do ex-parlamentar na audiência de custódia realizada nesta tarde, na Central de Audiência de Custódia, em Benfica, na Zona Norte da cidade.
A prisão de Gabriel Monteiro foi determinada por força de mandado expedido pelo juízo da 34ª Vara Criminal, no processo em que o ex-vereador é denunciado por estupro de uma jovem.
O processo está em segredo de Justiça.
Na decisão, a juíza da audiência de custódia, Rachel Assad da Cunha, decidiu que o mandado de prisão contra o ex-vereador estava dentro do prazo de validade e não houve a sua revogação pelo juízo da 34ª Vara Criminal.
“Assim, tem-se que se o mandado de prisão é válido e a decisão que ensejou sua expedição está inalterada, sendo vedado ao juízo da CEAC avaliar o pedido defensivo de liberdade ou substituição da prisão por outra medida, sob pena de usurpação de competência. Cabe à CEAC, portanto, avaliar tão somente a regularidade da prisão e a validade do mandado de prisão, além de determinar a apuração de eventual abuso estatal no ato prisional”, explica a magistrada.
A juíza também determinou a expedição do ofício à Secretaria de Administração penitenciária (Seap) para que Gabriel Monteiro fique acautelado em presídio que assegure a sua integridade física.
Durante a audiência, os advogados alegaram a condição de ex-policial militar do ex-vereador, que teria feito prisões em na função e ter sofrido tentativas de homicídio. Assim, pediram que o acusado fosse acautelado em um presídio compatível com a sua condição de ex-PM.
As investigações apontaram que o ex-vereador conheceu a vítima no dia 15 de julho, durante a reinauguração da boate Vitrine, na Barra da Tijuca. Após trocarem beijos, Gabriel convidou a mulher e uma amiga da vítima para a casa de um amigo dele, localizada no Joá. Ao chegar, o ex-vereador subiu com a mulher para um dos quartos e solicitou que a amiga os aguardasse na sala.
A denúncia descreve que, após entrarem no quarto, percebendo que a vítima, assustada, fez menção de sair do local, Gabriel trancou a porta, retirou sua arma da cintura e passou no rosto da mulher, constrangendo-a com o objetivo de manter relações sexuais. Ao tentar tirar a roupa da vítima à força, o ex-vereador ouviu dela que a mesma tiraria a roupa sozinha. Com a mulher despida, Gabriel a empurrou de forma violenta sobre a cama e começou a ter relação sexual de forma também violenta, sem o uso de preservativo, mesmo após os apelos da vítima para que a relação não fosse consumada sem camisinha.
Ainda de acordo com a denúncia oferecida à Justiça, durante o ato sexual, o ex-vereador desferiu tapas violentos no rosto da vítima, além de segurá-la firmemente pelos pulsos, tendo, em determinado momento, ameaçado espancar a mulher caso ela continuasse reagindo às agressões físicas.
“Fiquei sabendo pela minha advogada que foi decretada minha prisão preventiva por um crime que eu não fui escutado na delegacia. Respeito a decisão das autoridades, por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia, assim que fiquei sabendo eu vim imediatamente me entregar à Justiça porque eu acredito nela e sei que minha inocência será comprovada. Não só tecnicamente, mas para todo o Brasil de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim”, disse.
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