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Justiça do Rio mantém prisão de Jairinho e Monique Medeiros
Casal responde pela morte do menino Henry Borel, de 4 anosA Justiça do Rio decidiu manter a prisão de Jairinho e Monique Medeiros, acusados da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, no dia 8 de março. A decisão foi promulgada na última sexta-feira (16) pelo juiz Daniel Werneck Cotta da 2º Vara Criminal da capital.
Na decisão, o magistrado alegou que considerou informações sobre uma possível intimidação de testemunhas e fraude processual pelos acusados. O casal está preso desde o dia 8 de abril.
“Além do crime de coação no curso do processo, se imputa aos acusados a prática de crime de fraude processual, demonstrando que há indícios de que os réus possam ter objetivado influenciar no curso das investigações. As referidas condutas indicam desejo de embaraçar as investigações e, consequentemente, a regular instrução criminal, reforçando a necessidade da prisão para sua garantia”, afirma um trecho da decisão.
Em seu despacho, o juíz Daniel Werneck também afirma que a liberdade do ex-vereador e de Monique, mãe de Henry, poderiam prejudicar o depoimento de testemunhas. Isso porque o processo ainda está em fase inicial e foram arroladas pessoas que possuíam contato direto com os acusados e familiares da vítima.
“Repise-se que os crimes imputados teriam sido cometidos com extrema covardia e agressividade e, portanto, a liberdade dos acusados poderia causar justificável temor às testemunhas, impedindo seu comparecimento. Ademais, há notícias de anterior coação de testemunhas pelos acusados, que as teriam forçado a mentir e/ou omitir acerca de aspectos relevantes à elucidação do caso, quando foram prestar declarações em sede inquisitorial”, destacou o magistrado na decisão.
Na sentença, o juiz aceitou ainda o aditamento da denúncia do Ministério Público- RJ contra o casal. Além do pedido de condenação do casal, o MP determinou a reparação, em valor não inferior a R$ 1,5 milhão, pelos danos causados ao pai de Henry Borel, Leniel Borel.