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Capital Fluminense

Justiça do Rio homologa acordo entre CEG e Petrobras sobre preço do gás natural

Inicialmente ficou acordado que o valor do gás encanado não sofrerá reajustes durante o período de 30 dias

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Imagem da tubulação de gás natural
(Foto: Divulgação / Agência Brasil)

Em audiência especial realizada nesta segunda-feira (09), a 24ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), homologou o acordo firmado entre a Petrobras, CEG, Governo do Estado e Alerj para suspensão, durante um período de 30 dias, de todas as ações e recursos em tramitação relativos a reajustes no valor cobrado pela Petrobras para fornecimento do gás natural.

Nesse período, foi acordado que a CEG pagará pelo gás natural o índice de 12% sobre a cotação do petróleo Brent, usada como indexador para os contratos de gás natural no país.

No final do ano passado a Petrobras anunciou o aumento em 50% no preço do gás natural nos novos contratos com as distribuidoras estaduais para o ano de 2022. Mas as concessionárias entraram na Justiça e, no Rio de Janeiro, ainda no final de dezembro, duas ações, uma da companhia distribuidora de gás estadual, a Naturgy-CEG, e outra da Assembleia Legislativa do Rio, obtiveram liminar suspendendo o reajuste.

Na audiência, a desembargadora Regina Lúcia apresentou proposta de acordo para o pagamento do índice de 12,6% até o final de 2022. A proposta foi aceita pela CEG, mas os representantes da Petrobras argumentaram que qualquer decisão somente poderá ser anunciada após a sugestão ser submetida à Governança Corporativa da estatal.

Durante a audiência especial, o procurador do estado Antônio Joaquim Pires e Albuquerque e o procurador-geral da Alerj, Sérgio Pimentel, salientaram, em suas manifestações, preocupação em relação a um eventual desabastecimento de gás no estado caso o acordo entre a CEG e a Petrobras não seja alcançado.

Em sua intervenção, a CEG apresentou proposta para o pagamento do percentual de 12% pelo período de dois anos, até o final do ano de 2023, garantida a continuidade do fornecimento do gás natural pela Petrobras com a suspensão das ações em curso. A estatal se manifestou que não poderia aceitar em audiência a oferta, antes do posicionamento da Governança.