Julgamento de acusados pela morte de Marielle Franco começa nesta quarta após seis anos

No dia 14 de março de 2018, o Rio de Janeiro foi palco de um crime brutal que chocou o Brasil e o mundo: a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados com diversos tiros disparados de uma submetralhadora calibre 9 milímetros.

Nesta quarta-feira (30), seis anos após o crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, começam a ser julgados em um júri popular formado por 25 cidadãos. A audiência é presidida pela juíza Juíza Lúcia Glioche, e os réus participam por videoconferência.

Familiares, amigos e apoiadores da vereadora Marielle Franco se reuínram em frente ao Tribunal de Justiça do Rio, na Região Central, para uma manifestação pedindo o fim da violência no estado. Faixas foram estendidas, e placas com fotos de Marielle e Anderson Gomes foram colocadas no chão.

Girassóis, símbolo da memória da parlamentar assassinada em 14 de março de 2018, no Estácio, foram distribuídos aos participantes. Parentes do motorista Anderson Gomes também marcaram presença

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram denunciados pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado, e receptação do carro Cobalt usado no dia do crime. Eles foram presos na Operação Lume, do Ministério Público e da Polícia CIvil, em março de 2019, um ano após o crime.

O assassinato de Marielle não apenas gerou protestos no Brasil, mas também repercutiu internacionalmente, tornando-se um símbolo da luta contra a violência política e a impunidade. Desde então, movimentos sociais têm clamado por justiça, exigindo não apenas a punição dos executores, mas também a revelação dos mandantes do crime.