Rio
Jovem baleada pela PRF recebe alta e revela desejo: ‘Coxinha com Coca’
Na saída do hospital, Juliana Leite Rangel foi recebida com aplausos, homenagens, flores e bolosJuliana Leite Rangel, jovem de 26 anos baleada durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (6). Ela estava internada há 44 dias no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Apesar da alta, Juliana continuará fazendo acompanhamento com fisioterapeuta e fonoaudióloga. Na saída do hospital, enquanto era recebida com aplausos, homenagens, flores e bolos, a jovem revelou dois desejos: comer uma coxinha com Coca-Cola e ficar com a família.
“É hoje que eu como minha coxinha com Coca!”, disse em tom descontraído. “Meu maior desejo agora é ficar com a minha família em paz, tranquila, porque apesar de ter sido muito bem tratada aqui, hospital deixa a gente ansiosa, né?”, completou emocionada.
A mãe da jovem, Deise Rangel, contou aos prantos a felicidade com a alta da filha. “Estou muito feliz, gente. Não estou nem acreditando nesse milagre de Deus. Só quero agradecer a equipe do hospital, a Deus e a vocês todos que oraram pela Juliana. É uma alegria que não tenho nem palavras para explicar. A alegria de estar saindo com a minha filha viva”, disse.
Momentos de superação no hospital
Juliana também falou sobre os momentos delicados que viveu no hospital. “Foi difícil. Só eu e Deus sabemos a luta que passei aqui”, relatou.
A jovem ainda revelou que se considera um milagre de Deus e agradeceu à toda equipe médica que cuidou dela nas últimas semanas.
“Eu acredito também que sou um milagre. Graças a Deus, e à inteligência dos médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e toda a equipe que cuidou de mim, eu estou aqui hoje.”
Relembre o caso
Juliana e sua família viajavam para a casa de parentes em Niterói na véspera de Natal, quando foram atingidos por tiros na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Três agentes foram responsáveis pelos disparos, que também atingiram o pai da jovem. Segundo a PRF, eles foram afastados de suas funções por tempo indeterminado.
O caso é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.
A jovem ficou em estado grave por vários dias, mas apresentou uma melhora significativa. Ela chegou a se comunicar com a família e os médicos por meio de bilhetes e, aos poucos, retomou a fala e voltou a andar.