Rio
Jornalista é vítima de racismo e agredido em supermercado de Nova Iguaçu
Em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, o jornalista Daniel Nascimento alega que foi agredido e xingado por mãe e filha. Ele gravou um vídeo em que mostra uma das agressoras, identificada como Leticia Karam de Assis, cometendo injúria racial
Uma confusão por um lugar na fila de um supermercado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, se transformou em um caso de racismo e lesão corporal, que terminou na delegacia. Em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, o jornalista Daniel Nascimento diz que foi agredido e xingado por mãe e filha. A situação aconteceu na noite da última sexta-feira (16). Ele gravou um vídeo em que mostra uma das agressoras, identificada como Leticia Karam de Assis, cometendo injúria racial.
Segundo Daniel, a confusão começou por causa de um lugar na fila do caixa do estabelecimento. A mãe, identificada como Rosemary Karam, que aparece de cabelo loiro no vídeo, saiu da fila e tentou retornar, esbarrando nele. O jornalista, então, rebateu que ela precisava decidir onde ficaria, uma vez que a filha dela estava guardando lugar em outra fila do caixa.
“Ela me olhou e disse que ficava onde quisesse. Disse também que era advogada criminalista e que não ia dar em nada. Depois a filha dela começou a me xingar. Disse que eu era um morto de fome, um pobre coitado e neguinho feio”, explicou Daniel.
Prisão em flagrante
Após a fala do jornalista, uma confusão foi iniciada entre os três e Letícia o teria agredido com arranhões e socos. De acordo com Daniel, ele reagiu à agressão e revidou com socos para conseguir se afastar. Em seguida, ao impedir a saída das duas do supermercado, o jornalista foi agredido com mais socos.
Diante de toda situação, testemunhas defenderam Daniel e se propuseram a prestar depoimento contra a mãe e a filha.
A Polícia Militar foi acionada e conduziu os envolvidos para a 52ª DP (Nova Iguaçu), para prestar esclarecimentos.
Assista ao vídeo da confusão:
Letícia foi presa em flagrante após os policiais assistirem as imagens onde ela dizia “essa negrada”, como ofensa aos demais clientes negros que estavam no local. O caso está sendo investigado pela 52ª DP (Nova Iguaçu).