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Influenza aviária: Governo do Estado reforça ações preventivas após confirmação de caso em ave silvestre no litoral norte do Rio
Secretarias de Estado de Agricultura e de Saúde intensificaram ações de vigilância desde o surgimento de casos no Espírito Santo. Não há confirmação de casos da H5N1 em humanosAs secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) do Rio de Janeiro confirmaram, neste sábado (20/05), um caso de ave silvestre contaminada com o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). A ave é da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) e vinha sendo monitorada, desde sexta-feira (19/05), quando foi encontrada em São João da Barra, litoral Norte do Rio de Janeiro.
A confirmação ocorre após a detecção de outros casos em aves, no Estado do Espírito Santo, pelo Ministério da Agricultura. As secretarias emitiram nota técnica (https://bit.ly/3Mr7ARx) aos 92 municípios fluminenses orientando sobre o manejo adequado de aves silvestres. Ele só pode ser feito por profissionais habilitados e com uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). No momento, não há contaminação do vírus H5N1 em humanos. No Espírito Santo, as 33 pessoas que foram monitoradas tiveram resultados negativos para gripe aviária.
Em São João da Barra, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Campos dos Goytacazes, com apoio técnico do CIEVS da SES-RJ, identificou 12 pessoas que tiveram contato com a ave silvestre contaminada. Somente quatro apresentaram sintomas respiratórios e tiveram sangue coletado para exames. As amostras foram enviadas ao LACEN RJ – Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels do Rio de Janeiro, no domingo (21.05), e encaminhadas, nesta segunda-feira (22.05), à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência para o caso.
Técnicos da Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).
Secretarias emitem nota técnica com orientação sobre manejo
A SES-RJ orienta profissionais das unidades de saúde que estejam atentos, durante triagem e atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Havendo suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser adotado para obtenção dos resultados laboratoriais.
“Nossa preocupação é em informar a população para evitar o contato com aves silvestres encontradas principalmente no litoral do nosso estado. Ainda não temos caso de contaminação em seres humanos, mas como o vírus H5N1 foi detectado em uma ave, estamos ampliando a vigilância e orientando os 92 municípios”, disse o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.
A secretaria de Agricultura informa que não há qualquer registro da doença em aves domésticas, em áreas de produção comercial ou de subsistência no território fluminense. Em caso de suspeita, o cidadão deve comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município. Os profissionais da Defesa Agropecuária estão devidamente capacitados para o atendimento às notificações da doença em animais.
“Alertamos que deve ser evitado qualquer contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e silvestres migratórias, mamíferos aquáticos (qualquer espécie). O cidadão deve comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município”, destaca o secretário de Agricultura, Dr. Flávio.
A Secretaria de Agricultura, por meio da Superintendência de Defesa Agropecuária, aconselha criadores de aves de corte ou postura que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como: proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção; conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão; manter o portão de acesso da propriedade fechado; desinfecção de veículos em pleno funcionamento e de materiais que acessem a granja; cuidados com a ração e água; restringir criação de aves pelos funcionários. Para ter acesso aos e-mails e endereços dos núcleos de Defesa Agropecuária basta acessar o link: https://bit.ly/3krh0in.
Outros casos de aves silvestres infectadas no Brasil
No Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) relatou a primeira detecção de influenza aviária no país no último dia 15 de maio. São duas aves trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), uma no município de Marataízes e outra no município de Vitória, ambas no litoral do Estado do Espírito Santo. Em 16 de maio, o MAPA relatou a identificação de uma terceira ave afetada, um atobá-pardo (Sula leucogaster) também no estado do Espírito Santo. Além desses, o estado de Espírito Santo contabilizou mais um caso confirmado em ave silvestre, agora da espécie Thalasseus Maximus (nome popular trinta-réis-real). O monitoramento dos casos de H5N1 pelas secretarias de Agricultura e Saúde do Rio de Janeiro vem sendo feito desde que surgiram notícias em países da América Latina.
Sobre a H5N1
A H5N1 ou Influenza Aviária é uma doença causada por vírus, que afeta muitas espécies de aves, inclusive migratórias; e, eventualmente, mamíferos terrestres e marítimos, suínos e o próprio ser humano. Sua incidência gera graves consequências à saúde animal, à economia e ao meio ambiente.