Governo do Rio promove ação na Central do Brasil em alerta para a causa dos desaparecidos

Encerrando a Semana de Mobilização Nacional de Busca e Defesa da Criança Desaparecida, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH) irá realizar na Central do Brasil, nesta quinta-feira (30), um encontro com mães e representantes desta causa, para uma grande ação de conscientização para os populares e atendimento presencial a eventuais casos. O evento contará com equipe técnica e representantes de entidades que atuam com essa temática. Além disso, haverá acesso à documentação básica, lançamento e distribuição de cartilha informativa, conscientização a respeito da data e pulseiras de identificação para crianças, uma ferramenta importantíssima utilizada pelo Governo do Rio para eventos com grande circulação de pessoas.

Mais de 80 mil pessoas desapareceram em 2020 no Brasil. Desse total, 30 mil são crianças. Os dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (SINALID) sinalizam a urgência do assunto e do trabalho de prevenção para evitar novos desaparecimentos. Só no estado do Rio de Janeiro desaparecem cerca de 80 crianças por mês.

Poder Público no combate ao desaparecimento

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos possui uma rede de enfrentamento ao desaparecimento de pessoas, acesso a documentação básica e suporte as famílias de desaparecidos, por meio dos programas e equipamentos permanentes de atendimento ao público. Entre eles, está o Núcleo de Atendimento a Familiares de Desaparecidos e Documentação (NAFADD) e o Núcleo de Atendimento de Documentação Básica e Sub-registro.

“A angústia de ficar esperando o ente querido voltar, é a pior de todas. As pessoas falam como se a pessoa desaparecida fosse aparecer logo ali, mas não é assim que funciona. Hoje, a gente tem Núcleos não só de documentação, como também de atendimento, onde os familiares são assistidos. Nesses Núcleos nós temos assistente social, psicólogo, tudo para atender da melhor forma essa família”, ressaltou Jovita Belfort, mãe da Priscila Belfort, desaparecida há 19 anos.

Jovita trabalha como superintendente de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas e Acesso à Documentação Básica da SEDSODH. Ela convive com a dor e a esperança de reencontrar sua filha.

Ações mostraram o constante alerta em que vivem mães e pais dos desaparecidos

O Santuário Cristo Redentor iluminou o monumento mais emblemático do Rio, o Cristo, com a cor laranja, na noite do último sábado (25). A cor escolhida mostra a situação de alerta constante em que vivem as famílias de desaparecidos, sempre na esperança de localizar seus entes queridos. Um ato simbólico de lembrança desta dor e de solidariedade.

Através da parceria com a SuperVia, ao longo da última semana, foram vinculados spots comerciais informativos, com depoimentos de mães de desaparecidos, além de dicas de prevenção, com objetivo de trazer visibilidade ao tema tão importante que é a causa dos desaparecidos. Já a Imprensa Oficial participou desta importante campanha produzindo as cartilhas informativas que serão distribuídas para familiares de desaparecidos e também nas campanhas de prevenção.