Rio
Frente LGBTQIA+ do Rio convoca ato unificado no Dia do Orgulho
Coletivo definiu como tema de 2023 “Trabalho, renda e bem viver para todes”
No dia 28 de junho é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTIA+, e a Frente LGBTIA+ do Rio de Janeiro está organizando um ato na Cinelândia que terá concentração às 16h e sairá em marcha em direção à Lapa a partir das 20:30h. Com falas políticas de lideranças do Movimento Social e de parlamentares aliados, intervenções artísticas, oficinas de cartazes e serviços de testagem rápida e orientações sobre ISTs e HIV/Aids, em parceria com o Grupo Pela Vidda RJ, a manifestação é organizada por meio de plenárias abertas, com reuniões presenciais e online, e marca posição na data mais tradicional do ativismo pela diversidade.
“É importante que se avance nas discussões das políticas públicas e se vá além da sobrevivência. Manter esses corpos vivos e em segurança é dever do Estado. Mas não só. É também dever do Estado garantir a promoção de educação, empregabilidade, remuneração digna, cultura, lazer, respeito às tradições ancestrais, valorização da produção de conhecimento decolonial e bem viver para todas, todes e todos. Não farão política sem nós”, diz Gab Van, presidente da Liga Transmasculina João W. Nery e também um dos organizadores do ato, ao introduzir o mote do ato de 2023.
O tema escolhido pelos organizadores este ano para sintetizar as reivindicações da comunidade LGBTIA+ do Rio de Janeiro é “Trabalho, renda e bem viver para todes”, e indica uma cobrança ao Governo Lula, que amplamente apoiaram, para a necessidade de garantir recursos para políticas públicas. Escolher como núcleo de reivindicação esses pilares significa razer para o centro da discussão o compromisso material e concreto com as pessoas mais vulnerabilizadas da comunidade LGBTIA+, especialmente negras, moradoras de favelas e periferias e/ou trans e travestis.
“Estamos indo para as ruas porque nossa população carece de políticas públicas essenciais, as prostitutas e profissionais do sexo na ponta da vulnerabilidade social sofrem violência cotidiana do Estado, que não promove segurança e políticas de trabalho e renda para elas. O Brasil ainda é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo”, reforçou Maria Eduarda Aguiar, presidente do Conselho Estadual LGBTIA+ e advogada do Grupo Pela Vidda-RJ, .
“Mulheres lésbicas são historicamente invisibilizadas, especialmente periféricas. Isso faz com que a dificuldade na obtenção de dados reais sobre a comunidade seja enorme. E sabemos que com poucos dados não se faz políticas públicas. Um dos problemas graves da falta de políticas públicas específicas é a falta oportunidades de empregos formais, nos privando, assim, de garantias de envelhecimento digno, por exemplo”, ressalta Andréa Maia, integrante da Articulação Brasileira de Lésbicas, trazendo para a centralidade a questão de mulheres lésbicas de periferia.
A Frente LGBTIA+ está promovendo uma campanha de transporte solidária para quem quiser se juntar ao ato mas não puder custear a passagem. Para se inscrever, é só acessar o Instagram da Frente, no perfil @frentelgbtiarj e se inscrever pelo formulário disponibilizado nos stories. Os organizadores do ato também solicitam, a quem puder, levar 1 quilo de alimento não perecível para doação. Os alimentos serão direcionados para casas de acolhimento e coletivos LGBT da Baixada e das periferias do Rio.
Serviço
Concentração: a partir das 16h na Cinelândia
Início da caminhada em direção à Lapa: 20:30h
Programação:
15h: Ação de prevenção a ISTs
16h: Oficina de cartazes
17h: DJs e intervenções culturais da cena LGBTIA+
18h30: Grande Ato Cultural pelo Orgulho LGBTIA+
20h: Cortejo de Blocos