Rio
Força-tarefa do Estado do RJ cria plano para reestabelecer o Sistema Imunana-Laranjal
Reunião contou com a participação das secretarias do Ambiente, Polícia Militar e Polícia Civil; Inea, Cedae, Petrobras e concessionárias de saneamentoA força-tarefa do governador Cláudio Castro se reuniu, nesta sexta-feira (5), para definir medidas que viabilizem a retomada da produção de água no Sistema Imunana-Laranjal, paralisada devido à contaminação do manancial por tolueno. Foi estabelecido um plano de ação para conter o derramamento do composto químico nos rios Rio Guapiaçu, em Guapimirim, que abastecem parte da Região Metropolitana. A mobilização envolve as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.
– Estamos unindo esforços para encontrar uma solução conjunta, com a contribuição de cada instituição. Nosso objetivo é normalizar a distribuição de água o mais rápido possível – afirmou o secretário do Ambiente, Bernardo Rossi.
Foi definido que Inea, Cedae e Petrobras vão ceder maquinário para realizar a sucção do poluente que está contaminando a água dos rios. A Petrobras e a Transpetro se comprometeram a disponibilizar equipamentos como barreiras de contenção, recolhedores de oleofílico e vertedouro e mantas absorventes. A Cedae já instalou barreira num canal onde foi constatada a contaminação, o que reduziu o índice de tolueno na água. Técnicos avaliaram que será necessário fechar o acesso de um outro canal onde também há indício de derramamento do produto.
O secretário Bernardo Rossi ressaltou a importância da revisão das licenças de utilização de tolueno, assim como a identificação da responsabilidade sobre o terreno no entorno do rio, em Guapimirim.
O sistema Imunana-Laranjal abastece as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. A contaminação da água foi constatada na quarta-feira (3) pela Cedae e, a partir disso, foi criada uma força-tarefa do Governo do Estado e aberta a investigação policial.