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Flordelis perde concurso musical na prisão e desabafa: ‘Sou referência’

Flordelis esteve entre as finalistas do Concurso Voz da Liberdade no Rio, mas não venceu. Detentas premiadas celebram a visibilidade conquistada

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lordelis esteve entre as finalistas do Concurso Voz da Liberdade no Rio, mas não venceu. Foto: Divulgação

A ex-deputada e pastora Flordelis, que cumpre pena desde 2021 pelo assassinato do marido, foi uma das 17 finalistas do Concurso Voz da Liberdade, promovido nesta quinta-feira (28) pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ). Apesar de não vencer, Flordelis disse ao jornal Extra que continua sendo uma “referência como cantora gospel e pastora”.

Visivelmente frustrada com o resultado, a ex-deputada, condenada a mais de 50 anos de prisão, afirmou ainda à publicação que a derrota não a abala e que seu trabalho social, especialmente com jovens envolvidos no tráfico de drogas, seguirá após sua libertação.

Flordelis
Flordelis em julgamento. Foto: Divulgação / Bruno Dantas / TJRJ

Flordelis também mencionou que recebe apoio de admiradores por meio de cartas vindas “do Brasil e do mundo”.

Detentas premiadas mostram talento

Além de Flordelis, o evento destacou o talento de outras mulheres privadas de liberdade. Cassiane foi a grande vencedora, seguida por Dessirée e Rayane. As premiadas ressaltaram que o reconhecimento no palco significou “visibilidade e pertencimento” em meio ao contexto prisional.

As apresentações englobaram diversos estilos musicais, como MPB, axé, pop, samba, sertanejo e louvores, provando a diversidade cultural entre as detentas.

Um concurso de ressocialização

A segunda edição do Concurso Voz da Liberdade aconteceu no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, reunindo mais de 150 mulheres de sete presídios do estado, incluindo 21 mulheres trans, durante as etapas classificatórias.

Segundo a secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel, o evento visa ressocializar e dar visibilidade ao talento das detentas. “Essas mulheres têm muito a oferecer à sociedade. O concurso é uma forma de mostrar que, por trás das penas, há histórias de recuperação e desejo de reintegração”, explicou.

O júri contou com representantes culturais, jornalistas e convidados especiais, enquanto o público foi formado por detentas e pessoas de fora do sistema prisional.

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