Rio
Família acusa PM de matar gari na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha
Marcelo caminhava pela comunidade para ir à gerência da Comlurb, na Ilha do Governador, quando foi alvejado
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(Divulgação)
A família do gari Marcelo Almeida da Silva, de 38 anos, morto neste domingo (1º), após ser baleado durante um tiroteio na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, acusa a Polícia Militar de ter matado o homem com disparo nas costas. Segundo eles, Marcelo caminhava pela comunidade para ir à gerência da Comlurb, na Ilha do Governador, quando foi alvejado.
Os familiares afirmam que o trabalhador foi morto pelas armas da PM, já que teria sido confundido com um criminoso por estar de boné e a mochila que levava o uniforme de trabalho. Marcelo chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos.
“Ele foi alvejado porque é negro e estava de boné, numa distância de quase 30 metros. Eles atiraram sem perguntar pra onde ele ia, sem perguntar o que ele estava fazendo ali. Nem parado ele estava, ele estava caminhando sentido ao trabalho. Deram o tiro primeiro pra depois perguntar o que ele estava fazendo na comunidade, e quando abriram a mochila dele, viram o uniforme da Comlurb”, disse Arnaldo Almeida da Silva, irmão de Marcelo, à reportagem da Super Rádio Tupi.
Em nota, a Companhia de Limpeza Urbana lamentou o ocorrido e prestou solidariedade à família. O corpo do gari será enterrado nesta terça-feira, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
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