Rio
Fábrica atingida por incêndio não tinha alvará de funcionamento, dizem Bombeiros
O prédio, segundo o Corpo de Bombeiros, não possuía licença para funcionamento e não oferecia condições mínimas de segurança![](https://www.tupi.fm/wp-content/uploads/2025/02/incendio-fabrica-alvara-funcionamento.jpg)
Um incêndio de grandes proporções atingiu, na manhã desta quarta-feira (12), a fábrica de adereços de Carnaval Maximus, localizada na Rua Roberto Silva, em Ramos, Zona Norte do Rio. Segundo o Corpo de Bombeiros, o prédio não possuía licença para funcionamento e não oferecia condições mínimas de segurança.
“A edificação não possuía escada de aprovação do Corpo de Bombeiros e, por consequência, não tinha as condições de segurança adequadas”, afirmou o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, o coronal Sarmento.
Ele também destacou que a estrutura do prédio apresentava riscos elevados. “A característica da edificação era de um local onde possuía muitos materiais de alta combustão, como plásticos e papéis”, explicou.
Muitas pessoas estavam no imóvel na hora do incêndio
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 7h39 e chegou ao local nove minutos depois. A corporação mobilizou 70 bombeiros, 13 quartéis e 30 viaturas para conter as chamas.
De acordo com o coronel, todos os funcionários presentes no momento do incidente foram resgatados.
No entanto, 21 pessoas ficaram feridas, sendo 12 em estado grave. Durante o resgate, quatro trabalhadores foram encontrados presos e pendurados em janelas, tentando escapar da fumaça. Eles foram retirados momentos antes de as chamas alcançarem o andar onde estavam.
Falhas na segurança e investigação
Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, além da falta de licença para funcionamento, o prédio não atendia aos requisitos básicos de segurança. “A edificação não tinha condição de segurança necessária para funcionar”, ressaltou o coronel Sarmento.
Ele também afirmou que a corporação não havia entrado em contato com o proprietário do imóvel. “Não falamos com o dono da edificação, isso não compete ao Corpo de Bombeiros nesse momento.”
LEIA MAIS:
- ‘O Carnaval precisa seguir’: Liga RJ reage após incêndio em fábrica de fantasias.
- Escolas de samba afetadas por incêndio em fábrica de adereços não serão rebaixadas, diz Paes.
A área atingida pelo fogo foi de aproximadamente 500 metros quadrados.
O caso está sendo investigado para apurar as causas do incêndio e possíveis irregularidades na estrutura do prédio.
A Defesa Civil estadual prestou apoio no resgate e nas ações pós-incêndio.
Governador do Rio acompanha a mobilização
Nas redes sociais, o governador do Rio, Cláudio Castro, assegurou que “as vítimas dessa tragédia estão recebendo toda a assistência no HGV, unidade que foi reformada recentemente e é uma referência para atendimento de casos graves como esse”. Segundo ele, equipes multidisciplinares estão dedicadas ao atendimento desses pacientes, além de assistentes sociais e psicólogos mobilizadas para oferecer o suporte às famílias.
“Determinei que a Secretária de Estado de Saúde, dra. Claudia Mello, acompanhe pessoalmente o atendimento às vítimas desse incêndio no HGV. O SAMU enviou seis ambulâncias para o local e fez 11 atendimentos. Infelizmente, temos 9 pessoas em estado grave”, afirmou Castro.
O governador também compartilhou durante esta manhã, em publicação no X (antigo Twitter), o trabalho do grupamento aéreo e especialistas da corporação.
![](https://www.tupi.fm/wp-content/uploads/2024/10/logotipo-tupi-vermelho-1.webp)