Ex-técnico da Seleção Sub-20 é preso por suposta ligação com máfia dos cigarros

A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (27), Luís Antônio Verdini de Carvalho, ex-técnico da Seleção Brasileira Sub-20, suspeito de integrar a máfia dos cigarros ilegais no Rio de Janeiro. Ele é apontado como o número 2 da quadrilha chefiada por Adilson Oliveira Coutinho Filho, o “Adilsinho”.

Em 2010, Verdini foi técnico da Seleção Brasileira sub-20 por 7 meses. Já em 2021, ele foi assessor da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor .

Segundo a polícia, Verdini era responsável por transferências bancárias para Adilsinho e sua esposa, além de envio de dinheiro para o exterior. A operação resultou na prisão de 12 pessoas, cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva e no bloqueio de bens avaliados em R$ 350 milhões.

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A investigação revelou que a quadrilha explorava trabalho análogo à escravidão, traficava pessoas e utilizava violência para monopolizar a venda de cigarros ilegais em áreas dominadas. Verdini, que já ocupou cargo no Ministério do Esporte, é acusado de crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa.

Investigação contra Adilsinho

Adilsinho é investigado como chefe da máfia dos cigarros ilegais no Rio de Janeiro e suspeito de envolvimento em pelo menos 20 crimes, incluindo homicídios e tentativas de assassinato. O atual presidente de honra do Salgueiro também é apontado como mandante das mortes de Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinhos Catiri, e de seu segurança, Alexsandro, em 2022, na comunidade da Guarda, Zona Norte do Rio.

A Polícia Civil solicitou sua prisão em novembro, mas ele segue foragido. Além dos crimes investigados, Adilsinho já foi alvo de outras operações policiais e ganhou notoriedade durante a pandemia ao promover uma festa luxuosa para 500 pessoas, com shows de artistas famosos.