Educação
Estudantes do Rio e de Niterói promovem exposição inovadora sobre clima e robótica
Exposição, que ocorre no dia 16 de dezembro, na Biblioteca Parque Estadual, é o evento de encerramento do Projeto Engenhoka, que reuniu estudantes ao longo de 2024 para desenvolver projetos artísticos e tecnológicosAlunos do Colégio Estadual Souza Aguiar (CESA), no Rio de Janeiro, e do Colégio Estadual Zuleika Raposo Valladares, de Niterói, estão prestes a mostrar ao público seus trabalhos inovadores em robótica educacional e arte. A exposição, que ocorre no dia 16 de dezembro, na Biblioteca Parque Estadual, é o evento de encerramento do Projeto Engenhoka, que reuniu estudantes ao longo de 2024 para desenvolver projetos artísticos e tecnológicos.
Dentre as obras mais impactantes está “Flor da Lua”, uma escultura cinética que alerta sobre as mudanças climáticas. Baseada em uma flor rara da Amazônia, a obra emite uma luz intensa que se enfraquece à medida que alguém se aproxima, simbolizando a fragilidade da natureza diante das mudanças ambientais. Este trabalho é apenas um dos exemplos do potencial criativo dos estudantes, que, com o auxílio de tecnologia 3D, abordam questões como o meio ambiente, a cultura brasileira e as desigualdades sociais.
Outro destaque da exposição é uma homenagem ao artista chileno Jorge Selarón. Alunos do CESA criaram uma escultura que remete ao famoso “Cachorro de Selarón”, inspirado nas cores vibrantes da escadaria da Lapa, no Rio. O trabalho foi feito por duas alunas do Centro do Rio, uma delas moradora de Santa Teresa e a outra das imediações dos Arcos da Lapa, refletindo o vínculo afetivo com o local e a cultura carioca.
Os trabalhos são fruto de cinco meses de aprendizado no Engenhoka, que mistura artes visuais, robótica educacional e diversas disciplinas, como ciências, matemática, tecnologia e engenharia. Durante esse período, os estudantes participaram de aulas práticas e teóricas, em que puderam explorar o raciocínio lógico e a história da arte em estúdios makers. Esses estúdios são equipados com impressoras 3D, tablets e materiais pedagógicos que permitem aos alunos dar vida às suas criações.
De acordo com Thiago Ramires, diretor de projetos do Instituto Burburinho Cultural, idealizador do Engenhoka, o projeto foi pensado para estimular a criatividade e o aprendizado interdisciplinar dos alunos da rede pública. “As presenças dos estúdios makers nas escolas transformaram e tornaram mais estimulante a presença na escola pública”, afirma Ramires.
Além do CESA e do Zuleika Raposo Valladares, o projeto envolveu estudantes de instituições de São Paulo, como Guarujá, Jundiaí, Santana de Parnaíba e Pirituba. A cerimônia de entrega de certificados aos alunos que concluíram o ciclo de 2024 contará com a exposição dos trabalhos desses estudantes, celebrando suas conquistas e o impacto da robótica e da arte em suas vidas.
O Engenhoka, que teve o apoio de importantes patrocinadores como Siemens Brasil, Google Brasil, Wilson Sons, Digix, Simpress e Petronas, tem o objetivo de continuar expandindo sua atuação em 2025, levando seus estúdios makers a mais escolas públicas em todo o Brasil. O projeto é uma iniciativa do Instituto Burburinho Cultural, aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura e realizado em parceria com o Ministério da Cultura do Governo Federal.