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Capital Fluminense

Empresa de internet é alvo de operação da Polícia Civil no Rio

De acordo com as investigações, empresa prestadora desses serviços paga valores semanais às lideranças do tráfico em comunidades da Capital Fluminense, Niterói, Cabo Frio e São João de Meriti

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Operação contra gato net e internet ilegal
Operação contra gato net e internet ilegal (Foto: Reprodução)

Duas pistolas e uma réplica de fuzil foram apreendidos, na manhã desta quinta-feira (18), na casa de um empresário, dono de um provedor de sinal de TV e internet, que estaria se associando ao tráfico de drogas, no Rio de Janeiro.

As investigações apontam que o empresário pagava os líderes do tráfico de comunidades do Rio, da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense para que eles proibissem outras empresas de realizarem o mesmo serviço em regiões dominadas pelo crime organizado.

Segundo diversos relatos feitos por funcionários de empresas como Oi, Vivo e Claro, traficantes expulsam das comunidades os técnicos que tentam instalar redes que não sejam do provedor associado ao tráfico, fazendo ameaças com armas de fogo.

Os traficantes também vandalizam as redes instaladas, cortando cabos e ateando fogo em equipamentos, além de impedir com ameaças o reparo das redes.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a estimativa é que o esquema tenha movimentado mais de R$ 1 milhão, contando com o registro de 20 mil clientes em áreas controladas por uma das maiores facções do estado. A operação é realizada por equipes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).

Foram identificadas ações dessa natureza em comunidades dominadas pelas fações Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comado Puro (TCP), tais como Morro dos Macacos (Vila isabel), Manoel Correa e Jardim Nautilus (Cabo Frio), Vila Tiradentes (São João de Meriti), Jacaré (Niterói) e Dendê (Ilha do Governador).

Até a última atualização desta reportagem, na casa de um dos sócios da empresa, foram apreendidos uma pistola, uma réplica de fuzil, um colete balístico, munição, carregadores e um notebook. O material está sendo analisado peritos, e se armas estiverem sem registro, ele poderá responder por posse ilegal de arma de fogo.