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Em 48h, Rio tem quatro suspeitas de feminicídio cometidas pelos companheiros

No Brasil, uma mulher é morta a cada sete horas

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violência contra a mulher
(Foto: Reprodução)

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Pelo menos quatro mulheres foram assassinadas em 48 horas na Região Metropolitana do Rio vítimas de feminicídio. Em todos os casos, os principais suspeitos são os próprios companheiros das vítimas.

Na quinta-feira (5) passada, Luiza Helena do Nascimento Silva, de 21 anos, foi assassinada a tiros pelo marido na frente dos próprios filhos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. No mesmo dia, Hevelyn de Sant’ana Rosa, de apenas 17 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça em Campo Grande, na Zona Oeste.

O suspeito do crime é o namorado da jovem, que não aceitava o fim do relacionamento. Também em Belford Roxo, Vanessa Costa, de 34 anos, foi esfaqueada pelo companheiro e teve o corpo jogado dentro de um rio no bairro Vila Pauline.

Na mesma semana, Daiana de Souza Lima, morreu depois de ter 80% do corpo queimado. Dois suspeitos de terem ateado na vítima foram presos. O ex-companheiro de Daiana também é acusado de participado do crime está foragido.

Segundo um levantamento do Núcleo de Pesquisa de Gênero, Raça e Etnia da Escola de Magistratura do Rio, cerca de 74 por cento das vítimas de feminicídio no estado são mães com vínculo íntimo com o autor do crime. Em 39% dos casos, essas mulheres moravam com os assassinos.

No Brasil, três mulheres são assassinadas por dia, vítimas de feminicído, da mesma forma como Luiza, Hevelyn, Vanessa e Daiana. Isso significa que uma mulher é morta a cada sete horas no país.

A deputada estadual Mônica Francisco, ex-vice-presidente da CPI do feminicídio na Assembleia Legislativa do Rio, fala sobre o aumento desses casos no país. “A violência contra a mulher cresceu nos últimos anos, sobre tudo no Brasil que não combate esse tipo de ação machista. Durante a pandemia, três mulheres por dia são vítimas de feminicídio. Nós não podemos aceitar isso caladas”, afirmou ela.