Rio
Eduardo Paes propõe criação da Força Municipal de Segurança no Rio
Projeto prevê 4.200 agentes armados para reforçar policiamento nas ruas, com início das operações em 2025
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou nesta segunda-feira (17) à Câmara dos Vereadores o projeto de lei que cria a Força Municipal de Segurança, iniciativa que pretende colocar 4.200 homens armados nas ruas para reforçar a segurança pública na cidade.
A nova força atuará em parceria com as polícias, focando no policiamento de rua, comunitário e de vizinhança.
“Infelizmente, a gente vê essa situação fugindo de controle. Passou da hora da gente dar um basta”, declarou Paes ao justificar a criação do novo efetivo, que será formado por oficiais temporários da reserva do Exército, selecionados via concurso público e treinados com apoio da Polícia Federal.
LEIA MAIS: Rio registra 40,4° C em dia mais quente do verão e entra em ‘Calor 4’ pela 1° vez;
Quando a Força Municipal começa a atuar?
A previsão é que a primeira turma de agentes comece a atuar no segundo semestre de 2025. Segundo o prefeito, os selecionados passarão por um curso de formação e habilitação para garantir um trabalho eficiente e dentro das normas de segurança.
“Vamos pegar os oficiais da reserva do Exército, os oficiais temporários do CPOR, que ficam oito anos estudando e depois saem. Eles vão passar por um treinamento específico e terão o porte de arma controlado, com a arma sendo acautelada ao fim do serviço”, explicou.
A nova força será responsável por cobrir áreas da cidade com maior índice de ocorrências, apoiando a polícia no patrulhamento de rotina. No entanto, Paes enfatizou que o combate direto a milícias e facções criminosas continuará sendo atribuição das forças estaduais e federais.
“Preciso que o Governo Estadual faça sua parte, atue com planejamento, valorize os nossos policiais e use inteligência para ir no coração do tráfico e da milícia”, destacou.
Monitoramento e reforço na vigilância da cidade
Além da presença dos agentes nas ruas, a Prefeitura do Rio também pretende ampliar significativamente o monitoramento por câmeras de segurança. Atualmente, a cidade possui 450 pontos cegos, onde não há qualquer vigilância eletrônica. O objetivo do município é instalar 20 mil câmeras para fortalecer a vigilância dessas áreas.
“Estamos investindo em tecnologia para apoiar as ações de segurança. A ideia é que essas câmeras ajudem na identificação e prevenção de crimes em locais estratégicos da cidade”, disse o prefeito.
Projeto pode ser expandido para outras cidades
A proposta de Paes não se restringe apenas ao Rio. Como novo presidente da Frente Nacional de Prefeitos, ele pretende apresentar o projeto ao governo federal para que outras capitais e grandes cidades possam adotá-lo.
“Vou levar pessoalmente esse projeto ao Ministério da Cidade para que seja incluído no Plano Nacional de Segurança Pública. Assim, outras cidades poderão seguir esse modelo e criar suas próprias forças municipais”, afirmou.
A expectativa agora é que o projeto seja analisado pela Câmara dos Vereadores, onde precisará ser aprovado antes de entrar em vigor. Se aprovado, ele representará uma das maiores mudanças na estrutura de segurança pública do município.
