Capital Fluminense
Detalhes de acordo entre Prefeitura e empresas de ônibus são apresentados aos vereadores
O acordo prevê um aporte de mais de R$300 milhões em subsídios para as concessionárias entre junho e dezembro de 2022
A Câmara Municipal do Rio promoveu uma reunião na tarde desta quinta-feira, dia 26, com a Secretaria Municipal de Transportes para saber mais detalhes sobre o recente acordo judicial firmado pela Prefeitura para melhoria do sistema de ônibus na cidade. As tratativas envolveram o Poder Executivo, o Ministério Público e empresários do setor. O acordo prevê um aporte de mais de R$300 milhões em subsídios para as concessionárias entre junho e dezembro de 2022.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a receita dos consórcios agora será composta pela tarifa paga pelo usuário (R$4,05) e complementada pelo Poder Executivo de forma que a receita mínima por quilômetro rodado seja de R$7,07. Foi estabelecido que a prefeitura pagará um subsídio de R$ 1,78 por quilômetro rodado para as empresas. O valor leva em conta o preço que a passagem deveria ter hoje, levando em conta a variação nos preços dos insumos ao longo do contrato. O sistema vai fiscalizado por meio de GPS e um relatório quinzenal. Ao fim do ano a fórmula será revista, e serão revisados os dados de passageiros e receita para ajustar o valor do subsídio, o que deverá ocorrer em janeiro de 2023.
Região mais afetada por problemas no sistema, a Zona Oeste deve ser a primeira em que cidadãos sentirão melhorias no transporte. A secretária municipal de Transportes, Maína Celidônio, disse que a situação mais crítica hoje é no bairro de Sepetiba. “Para o passageiro, o que ele vai ver nos próximos meses, é que algumas áreas que estavam completamente abandonadas e desatendidas vão voltar a ter linhas de ônibus. Eles verão ao longo do tempo uma melhora do sistema. Ela é lenta mas vai ser sentida na ponta, principalmente nesses lugares que estavam em situações muito críticas e são a prioridade no plano da prefeitura com as empresas de ônibus.”
O vice presidente da Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara do Rio, Felipe Michel, enfatizou que o colegiado vai fiscalizar de perto as contas. “A gente vai acompanhar de lupa os próximos passos da prefeitura, para conferir se finalmente a tal caixa preta, tão falada há tanto tempo, realmente será aberta. A população precisa saber para onde o dinheiro do subsídio está indo, já que sairá do bolso do contribuinte “.