Rio
Delegado diz que armas jogadas no mar por assassinos de Marielle Franco poderiam ajudar na elucidação de outros crimes
Bombeiros Maxwel Simões Correia foi preso acusado de envolvimento no casoO sargento do corpo de bombeiros Maxwel Simões Correia, mais conhecido como Suel, já está na Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O militar foi preso por volta das 6h durante uma grande operação da Polícia Civil e o Ministério Público contra envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Suel é apontado como cúmplice do ex PM Ronnie Lessa, preso em março de 2019, acusado de atirar na vereadora. Ele foi encontrado em casa, em um condomínio de luxo, no Recreio, avaliada em quase R$ 2 milhões. O sargento teria atrapalhado as investigações do caso Marielle ao ceder o veículo utilizado para guardar armas pertencentes a Ronnie Lessa e depois descartá-las no mar.
Segundo o delegado Daniel rosa, titular da DH, ao guardar as armas Suel impossibilitou o esclarecimento de outros crimes.
“Foi um crime muito grave. Uma vez que se estes fuzis fossem recuperados, seriam submetidos a confronto balístico. Certamente, nós teríamos desvendados outros crimes com o uso daquelas armas”, afirmou o delegado.
Na manhã desta quarta (10), policiais civis estiveram na comunidade da Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio em outros endereços ligados ao acusado. Durante a operação houve confronto entre os agentes da CORE, a Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil e os criminosos da comunidade, que é controlada pelo crime organizado.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos em março de 2018, em uma rua do bairro do Estácio, na região Central do Rio. Os autores do crime foram o policial militar Ronnie Lessa, o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz.// Os dois estão presos no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.