Rio
Defesa pode pedir anulação de depoimentos sobre morte de pastor
Advogados questionam confissão e querem transferência para presídioA defesa dos dois filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) deve pedir a transferência de seus clientes, Flávio dos Santos, 38 anos, e Lucas dos Santos, 18 anos, para um presídio e pode solicitar a anulação dos depoimentos prestados à polícia.
Os dois estão com a prisão temporária decretada por 30 dias pela Justiça, mas permanecem detidos na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo desde o dia seguinte ao assassinato do pastor Anderson do Carmo, 41 anos, registrado na madrugada do último dia 16.
O advogado Anderson Rollemberg, que defende o filho biológico de Flordelis, Flávio dos Santos, disse que seu cliente contou não ter confessado o crime.
“Ele falou pra mim que não confessou. Não existe confissão. A autoridade diz que houve confissão, mas ele disse pra mim que não confessou o crime”, justificou. Rollemberg também contesta o vídeo que a polícia diz ter gravado com a confissão de Flávio sobre o assassinato. “Vocês viram o vídeo? Eu não vi o vídeo”.
Questionado pela imprensa se poderia pedir a anulação do depoimento, o advogado respondeu: “Não tenha dúvida”.
“Se ela a confissão existe, eu estou dizendo desde já que ela não é idônea. Quem nos garante que ele Flávio assinou o depoimento de livre e espontânea vontade”, questionou. Ele afirma também que Flávio não prestou depoimento formal à polícia.
Já Flávio Creller, advogado do filho adotivo de Flordelis, garantiu que, até agora, não teve acesso ao inquérito policial e que o documento só será disponibilizado à defesa depois que todos os filhos de Flordelis prestarem depoimento.
Creller informou que também vai pedir a transferência de seu cliente, em conjunto com o advogado de Flávio, para a Cadeia Pública de Benfica, na zona norte do Rio.
Segundo ele, os dois acusados estão “abalados, consternados, não têm informação do que está acontecendo com eles, que ficam isolados na delegacia”.
Além de Flordelis, que presta depoimento à polícia na condição de testemunha, cerca de 25 pessoas, entre filhos e parentes, estão sendo ouvidas em salas separadas na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. A tomada de depoimentos não tem hora para encerrar.
As informações da Agência Brasil