Da piscina, Sérgio Cabral dá dicas de filmes e gera reações

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, encontrou-se no centro das atenções nesta sexta-feira (17) ao compartilhar suas recomendações de filmes nas redes sociais. Este gesto, aparentemente simples, gerou um considerável debate online. Apesar das suas condenações por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, ele mantém uma forte presença virtual, atingindo milhares de seguidores.

Desde sua prisão preventiva em 2016 até sua adequação à medidas cautelares em 2023, Cabral tem mantido uma discreta, mas contínua, interação com o público. Este fenômeno levanta questões sobre o papel dos ex-políticos na esfera digital e como suas ações são percebidas pelo público geral.

A ONG Transparência Internacional – Brasil criticou o ex-governador. “Ele ri na cara da Justiça e do povo brasileiro”, afirmou, em nota.

Quais Filmes Foram Recomendados por Sérgio Cabral?

No vídeo divulgado, Cabral destacou três filmes que marcaram sua vida. As escolhas — Blade Runner (Estados Unidos), Cinema Paradiso (Itália) e Eles não usam black-tie (Brasil) — são clássicos reconhecidos, cada um representando diferentes visões culturais e artísticas.

Essas recomendações não só refletem o gosto pessoal de Cabral, mas também oferecem uma visão sobre como figuras públicas utilizam a cultura para reforçar sua imagem e conectividade com a audiência. A resposta do público foi mista, evidenciando a dualidade entre admiração pela curadoria e crítica pelo fato de ser feita por um condenado.

Como as Redes Sociais Influenciam a Percepção Pública de Ex-Políticos?

A presença de Sérgio Cabral nas redes sociais, especialmente ao realizar postagens de cunho cultural, desperta curiosidade sobre a influência destas plataformas na percepção do cidadão comum sobre figuras políticas com histórico polêmico. As mídias digitais oferecem um espaço onde ex-políticos podem, de certo modo, reconstruir suas identidades públicas.

 

 

 

 

 

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Uma publicação compartilhada por Sérgio Cabral (@sergiocabral_filho)

A reação aos vídeos de recomendações de filmes por Cabral foi polarizada. Nos comentários, visões opostas se destacam — de elogios à escolha cinematográfica à indignação pela aparente despreocupação com seu passado. Isso evidencia como a sociedade está constantemente redefinindo o que considera aceitável ou inaceitável para figuras públicas.

Trajetória de Sérgio Cabral

Sérgio Cabral foi deputado estadual (1991-2003), senador (2003-2006) e governador (2007-2014), cargo do qual renunciou. Sua prisão ocorreu em 2016, na Operação Lava Jato, sob acusações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Além da Lava Jato, Cabral foi alvo das operações Calicute, Eficiência, Fatura Exposta, Mascate e Unfair Play, totalizando 24 condenações, incluindo 23 relacionadas à Lava Jato e uma à Calicute, pelos mesmos crimes.

Em 2022, o Supremo Tribunal Federal revogou sua prisão preventiva, transferindo-o para prisão domiciliar. Posteriormente, ele passou ao regime de recolhimento noturno e, em 2023, foi submetido a medidas cautelares.