Rio
Cremerj decide retirar registro médico de ex-vereador Jairinho
Decisão foi unânime, durante plenária de julgamento, que aconteceu na sede do Conselho, em Botafogo, na Zona Sul do Rio
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O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) decidiu nesta quarta-feira (15), que o ex-vereador Jairo de Souza Santos Junior, o “Jairinho” perdeu o registro médico. De acordo com o Cremerj, a decisão foi unânime, durante plenária de julgamento, que aconteceu na sede do Conselho, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
A cassação definitiva do registro é a penalidade mais alta, de acordo com o Código de Processo Ético-Profissional. Com isso, Jairo de Souza Santos Junior fica totalmente impedido de exercer a medicina no Brasil.
Relembre o caso:
Jairinho e Monique Medeiros foram acusados de participar da morte do pequeno Henry, de apenas 4 anos. A criança foi morta no apartamento onde morava com a mãe e o então padrasto no dia 8 de março de 2021, em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente. Exames apontaram 23 lesões no corpo do menino.
O casal alegou que o menino sofreu um acidente em casa e que estava desacordado e com os olhos revirados, sem respirar, quando foi encontrado dentro do quarto. No entanto, os laudos da necropsia de Henry e da reconstituição no apartamento do casal afastam essa hipótese.
A Polícia Civil diz que, semanas antes de morrer, Henry foi torturado por Jairinho e Monique sabia de tudo.
No dia 8 de abril, Jairinho e Monique foram presos temporariamente, suspeitos de homicídio duplamente qualificado, de tentar atrapalhar as investigações, chegando até a ameaçar testemunhas. Por conta disso, no dia 6 de maio, o Ministério Público do Rio denunciou o casal por homicídio triplamente qualificado. A dupla também acabou respondendo por tortura e coação das testemunhas.
No dia seguinte, 7 de maio, o Tribunal de Justiça do Rio aceitou a denúncia e, Monique e Jairinho viraram réus pela morte do pequeno Henry.
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