Coronavírus
Comissão de Transportes da Alerj quer proibir apreensão de veículos em blitz durante pandemia
Motoristas denunciam à Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, que estão tendo seus veículos retidos em blitz realizadas pela Polícia Militar nas ruas da cidade, por atraso desses documentos e multasApesar do Detran garantir que, devido a pandemia de Covid-19, nenhum condutor de veículos sofreria punições devido ao atraso de documentos como Carteira de Habilitação e CRLV do veículo vencidos, motoristas denunciam à Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, que estão tendo seus veículos retidos em blitz realizadas pela Polícia Militar nas ruas da cidade, por atraso desses documentos e multas.
Para tentar entender o que vem ocorrendo o deputado Dionísio Lins (Progressista), presidente da comissão, vai encaminhar nesta quinta-feira ao novo presidente do Detran, ofício onde solicita que sejam tomadas as medidas legais junto ao comando geral da Polícia Militar, para que comunique aos batalhões a suspensão de qualquer tipo de repressão aos proprietários de veículos que estejam com a documentação vencida ou atrasada.
“Estamos passando por um momento cruel em nossa economia e, apesar do Detran já ter avisado aos motoristas que eles não seriam punidos até que todo o sistema do órgão voltasse ao normal, eles estão sendo cobrados por policiais nas ruas em blitzen que ocorrem principalmente no horário da manhã em bairros da Zona Oeste, como Bangu, Padre Miguel e Jacarepaguá. No ofício peço ao presidente do Detran e ao Comando da Policia Militar, que suspenda qualquer tipo de operação de fiscalização enquanto durar a pandemia que venha resultar na apreensão de veículos, que em muitos casos são usados para levar o sustento dessas famílias”, explica o deputado.
Dionísio Lins diz ainda que motoristas relatam que no local dessas operações, normalmente existe a presença de reboques prontos para levar os veículos apreendidos para o depósito público caso estejam com a documentação irregular. “Se isso realmente vem ocorrendo, gera um problema ainda maior para o proprietário do veículo, já que ele terá que arcar com o pagamento do reboque e diária do pátio, o que convenhamos é uma verdadeira covardia. Não queremos ter a impressão do retorno da antiga máfia dos reboques que assolou a cidade”, acentuou.