Rio
Com dívida de R$ 30 milhões, UFRJ recorre à Justiça para que Light não corte energia
Light acata decisão judicial e agenda reunião com a UFRJ para negociar as dívidas acumuladasA Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) enfrentou mais um capítulo de sua crise estrutural, recorrendo à Justiça para evitar o corte de energia em suas unidades. A instituição acumula uma dívida de R$ 30 milhões com a Light, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica, e outros R$ 20 milhões com a Águas do Rio, empresa que abastece o campus com água.
Além das pendências com água e luz, a UFRJ também está em débito há seis meses com serviços essenciais como esgoto, telefonia e limpeza. A crise financeira da universidade vem se agravando, afetando diretamente a infraestrutura e o funcionamento dos campi.
Em maio deste ano, parte de um prédio no campus do Fundão desabou, o que levou à suspensão das aulas no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS). A decisão foi tomada após a identificação de uma possível contaminação na água do prédio, o que gerou preocupação entre os estudantes e funcionários.
Em nota oficial, a Light informou que acatou a decisão judicial e que já agendou uma reunião com a UFRJ para negociar as dívidas acumuladas. A concessionária reiterou o compromisso de buscar um acordo que permita à universidade continuar operando sem interrupções no fornecimento de energia.
A situação precária da UFRJ reflete os desafios enfrentados pelas instituições públicas de ensino superior no Brasil, que, nos últimos anos, vêm sofrendo com cortes orçamentários e falta de investimentos. A comunidade acadêmica, composta por professores, alunos e funcionários, teme que a crise financeira comprometa ainda mais a qualidade do ensino e da pesquisa na universidade, que é uma das mais importantes do país.
A UFRJ, que possui mais de 70 mil alunos matriculados, é referência em diversas áreas do conhecimento e desempenha um papel crucial na produção científica e tecnológica do Brasil. No entanto, a falta de recursos tem impactado negativamente não apenas a infraestrutura, mas também o cotidiano acadêmico, gerando incertezas quanto ao futuro da instituição.