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Rio

Chacina da Candelária completa 30 anos com cicatrizes abertas

Marco trágico, que deixou uma cicatriz aberta na sociedade brasileira, é um lembrete da violência no Estado e da luta contínua contra a impunidade

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Igreja da Candelária, no Centro do Rio
Chacina da Candelária completa 30 anos com cicatrizes abertas (Foto: Divulgação)

A Chacina da Candelária, considerada um dos episódios mais tristes da história do Brasil, completa 30 anos no próximo domingo (23). O marco trágico, que deixou uma cicatriz aberta na sociedade brasileira, é um lembrete da violência no Estado e da luta contínua contra a impunidade.

Na madrugada do dia 23 de julho 1993, oito jovens foram assassinados em frente à Igreja Candelária, no Centro do Rio. Eles faziam parte de um grupo de crianças e adolescentes que buscavam refúgio nas ruas a cidade, fugindo da violência e da pobreza extrema. A maior parte das vítimas tinham entre 14 e 20 anos, mas uma delas, a mais jovem, tinha apenas 11 anos.

Os responsáveis por esse crime hediondo eram policiais e ex-policiais, representantes do próprio Estado que deveriam proteger os cidadãos.

Confira abaixo os nomes dos jovens mortos na chacina:

  • Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos;
  • Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos;
  • Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos;
  • Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos;
  • “Gambazinho”, 17 anos;
  • Leandro Santos da Conceição, 17 anos.
  • Paulo José da Silva, 18 anos;
  • Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos.

Confira abaixo os assassinos condenados:

  • Marcos Aurélio de Alcântara, condenado a 204 anos. Está solto.
  • Marcus Vinícius Emmanuel Borges, condenado a 300 anos. Está foragido.
  • Nelson Oliveira dos Santos Cunha, condenado a 261 anos. Está solto.
  • Maurício da Conceição, conhecido como Sexta-Feira Treze, está morto.

Entre os eventos marcados para os próximos dias, está uma vigília de mães e familiares na porta da Igreja Candelária, a partir das 18h desta sexta-feira (21). A ação será organizada pelo movimento Candelária Nunca Mais.