Brasil
Castro afasta motivação política para as mortes de médicos, na Barra da Tijuca, e diz que lutamos contra máfias
Quatro suspeitos de terem praticado o crime foram encontrados mortos
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se reuniu, no Palácio Guanabara, na manhã desta sexta-feira, com o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.
Um dos assuntos foi a ação das polícias do Rio e a Federal no caso dos médicos executados em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona Oeste da Cidade, no começo da madrugada de quinta-feira.
Quatro suspeitos de terem praticado o crime foram encontrados mortos. Castro chamou as organizações criminosas de “máfias” e afirmou que as investigações continuam, mesmo após a descoberta de corpos de suspeitos de participarem do crime. A motivação política do crime está descartada.
Ele se mostrou solidário com as famílias e definiu o crime como “brutal”. Ele destacou que, em menos de 12 horas, a Polícia Civil tinha as informações sobre a linha de investigação, como o roteiro feito pelos criminosos.
Castro ainda disse que as polícias do Rio estavam prontas para prender os suspeitos do crime, mas foram “surpreendidos pela punição desse pseudo tribunal do tráfico”. Questionado sobre uma suposta reunião com videochamada de traficantes em Bangu 3 sobre a punição aos suspeitos do crime, Castro diz que foram feitas apreensões de celulares que serão periciados.
O secretário de Estado de Polícia Civil, José Renato Torres, também participou da reunião com as forças de segurança do Rio. No caso da Barra, o secretário disse que vai ser rigoroso com aqueles que ordenaram a execução dos homens que teriam matado os médicos no quiosque. Segundo Castro e Cappelli, o crime não vai mudar o planejamento da atuação de inteligência.
Governos do Rio e Federal estão em conversas para atuação no Complexo da Maré e em outros pontos da capital há duas semanas. Castro e Ricardo Cappelli reafirmaram que o trabalho precisa ser conjunto e que haverá ação ostensiva, mas apenas as planejadas.
O governador também cobrou ações do Judiciário, que segundo ele, negou pedidos de transferência de traficantes para presídios federais ou aceitou a volta de alguns.
Os médicos Diego Half Bomfim, Perseu Ribeiro e Marcos Andrade Corsato foram mortos a tiros quando estavam em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, em frente ao Hotel Windsor, onde estavam hospedados para participar de um congresso de ortopedia.
O crime aconteceu por volta de 1h de quinta-feira, quando criminosos armados saíram de um carro branco e fizeram disparos contra o grupo.
(Foto: Marcos Antonio de jesus / Super Rádio Tupi)