Capital Fluminense
Políticos e líderes de movimentos sociais participam de manifestação na Cinelândia
Ato foi realizado em forma de protesto aos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (08)
Diversas autoridades, de políticos a lideranças de movimentos sociais e sindicais, marcaram presença, nesta segunda-feira (09), na manifestação realizada na Cinelândia, no Centro do Rio, contra os atos criminosos, que acontecerem no último domingo (08), nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. O deputado federal Reimont (PT) foi um dos nomes que compareceram e falou, em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, sobre a representatividade de ocupar as ruas após as cenas de invasão e depredação na capital do país.
“Esse ato é simbólico. Eu mesmo imaginava que não teria tanta gente. Estou surpreso que em uma tarde/noite chuvosa, a Cinelândia está repleta de gente se manifestando, atenta as diversas falas colocadas. Então, esse é momento muito importante. Nós temos que manifestar sim. Na política, não há espaço vazio. Se não ocuparmos, alguém vem e o ocupa. Portanto, essa é uma ocupação dos movimentos sociais para dizer que a nossa vitória eles não vão nos tirar no grito”, afirmou Reimont.
O também deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) foi outro parlamentar presente na manifestação desta segunda-feira na Cinelândia. Em entrevista para Super Rádio Tupi, o político relatou que o partido dele entrou com uma ação na Câmara solicitando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possível “negligência do Comando das Forças de Segurança do Distrito Federal”, além dos financiadores dos atos criminosos.
“Nós demos entrada nesta segunda-feira em um pedido de CPI. Outros parlamentares também já estão fazendo isso no Senado. Nós concebemos que uma comissão dessas, no atual momento, seja muito importante, até para que possamos discutir e investigar os financiadores e os envolvidos. Por isso pedimos, com a nossa bancada no Distrito Federal, o impeachment do Ibaneis Rocha [governador do DF]. Também encaminhamos no inquérito das fakes news e dos atos antidemocráticos denúncias contra vários deputados que incentivaram, participaram e financiaram esses atos criminosos, com vistas a abrir processos nos respectivos conselhos de éticas. Ou seja, na nossa opinião, quem atentou contra o Estado Democrático de Direito deve ser responsabilizado”, assegurou Tarcísio Motta.
O ato na Cinelândia teve início às 18h e se encerrou perto das 21h. Ao longo dele, milhares de pessoas ocuparam o espaço, com placas e cartazes que tinham dizeres como “sem anistia” e “não vai ter golpe”. Uma das manifestantes, a professora aposentada Marta Silva, de 62 anos, falou com a reportagem da Super Rádio Tupi e desabafou sobre como se sentiu ao ver as cenas dos atos extremistas em Brasília.
“Teve hora que senti que tudo estava perdido. Só fiquei aliviada quando o Lula apareceu e começou a colocar ordem na casa. E hoje viemos aqui para mostrar que estamos do lado dele e da democracia. Nós votamos nele, queremos ter o direito de ter o presidente que a gente elegeu”, disse Marta.
Também em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, o servidor público Douglas Heliodório, de 37 anos, ressaltou a mensagem que fica após essa manifestação. “A reposta é que não vai ter golpe. Vai ter democracia sim! Esse governo que aí está foi eleito democraticamente e sempre que for preciso estaremos nas ruas. Aliás, o lugar da população do Rio de Janeiro e de todo o Brasil é nas ruas”, declarou.
A Polícia Militar, através dos agentes 5° batalhão da Praça da Harmonia, acompanhou toda a manifestação. De acordo com o comando da unidade, não houve registro de qualquer tipo de ocorrência durante o ato na Cinelândia.