Ciência e Saúde
Campanha de conscientização do câncer de pele é realizada no RJ
Este ano, a campanha destaca que a exposição solar ainda na infância é capaz de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento da doençaA Secretaria Estadual de Saúde do Rio realiza este mês a Campanha Dezembro Laranja para conscientizar a população sobre o crescente número de casos de câncer de pele. A iniciativa faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele e vai contar com ações em parceria com instituições públicas e privadas.
Este ano, a campanha destaca que a exposição solar ainda na infância é capaz de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento da doença, por isso a importância da necessidade de proteção. Se descoberto no início, o câncer tem mais de 90% de chance de cura.
Utilizar bonés, óculos de sol e blusas com proteção UV, evitar exposição solar entre 9h e 15h, além da utilização do filtro solar ajudam na prevenção ao câncer de pele.
No Brasil, anualmente são registrados cerca de 180 mil novos casos da doença. No estado do Rio, a estimativa é de mais de 21.500 casos para cada ano no triênio 2020 / 2022.
Números
No Brasil, o número de casos novos de câncer de pele não melanoma esperados, para cada ano do triênio 2020-2022, é de 83.770 em homens e de 93.170 em mulheres, correspondendo a um risco estimado de 80,12 casos novos a cada 100 mil homens e 86,66 casos novos a cada 100 mil mulheres. Os números são do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O câncer de pele não melanoma em homens é mais incidente nas Regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com um risco estimado de 123,67/100 mil, 89,68/100 mil e 85,55/100 mil, respectivamente. Nas Regiões Nordeste e Norte, ocupa a segunda posição, com um risco estimado de 65,59/100 mil e 21,28/100 mil, respectivamente. No que diz respeito às mulheres, o câncer de pele não melanoma é mais incidente em todas as Regiões brasileiras, com um risco estimado de 125,13/100 mil (Centro-Oeste), 100,85/100 mil (Sudeste), 98,49/100 mil (Sul), 63,02/100 mil (Nordeste) e 39,29/100 mil (Norte).
Quanto ao câncer de pele melanoma, a estimativa do número de casos novos é de 4.200 em homens e de 4.250 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 4,03 casos novos a cada 100 mil homens e 3,94 para cada 100 mil mulheres. Na Região Sul, o câncer de pele melanoma é mais incidente quando comparado com as demais Regiões, para ambos os sexos.
Para o Estado do Rio de Janeiro são estimados 21.090 novos casos de Câncer de Pele não Melanoma (Homens: 10.600 e Mulheres: 10.490) para cada ano do triênio 2020-2022. Já na Cidade do Rio de Janeiro são estimados 10.090 novos casos de Câncer de Pele não Melanoma (Homens: 5.110 e Mulheres: 4.980) para o mesmo período.
Em relação ao melanoma, a estimativa para o Estado do Rio de Janeiro é de 540 novos casos (Homens / Mulheres: 270) para cada ano do triênio 2020-2022. Na Cidade Maravilhosa se estima 270 novos casos de Câncer de Pele Melanoma (Homens / Mulheres: 130).
Mortalidade
Os dados de mortalidade são disponibilizados pelo DATASUS, do Ministério da Saúde. A atualização mais recente é de 2018:
· Número de mortes por câncer de pele não melanoma no Brasil em 2018: 2.329 (1.358 homens e 971 mulheres);
· Número de mortes por câncer de pele não melanoma na Região Sudeste em 2018: 884 (517 homens e 367 mulheres);
· Número de mortes por câncer de pele não melanoma no Estado do Rio de Janeiro em 2018: 173 (111 homens e 62 mulheres);
· Número de mortes por câncer de pele não melanoma na Cidade do Rio de Janeiro em 2018: 94 (61 homens e 33 mulheres);
· Número de mortes por câncer de pele melanoma no Brasil em 2018: 1.791 (1.038 homens, 752 mulheres 1 sexo ignorado);
· Número de mortes por câncer de pele melanoma na Região Sudeste em 2018: 731 (426 homens e 305 mulheres);
· Número de mortes por câncer de pele melanoma no Estado do Rio de Janeiro em 2018: 92 (57 homens e 36 mulheres);
· Número de mortes por câncer de pele melanoma na Cidade do Rio de Janeiro em 2018: 46 (27 homens e 19 mulheres).
Fator de risco
A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Segundo o coordenador do #DezembroLaranja, Dr. Elimar Gomes, qualquer um pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas, como as de pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados.
– Estas pessoas precisam de um cuidado a mais com a pele e de avaliação frequente de um médico dermatologista – frisa o especialista.
É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces. Ao notar algum dos sintomas, procure um médico especialista em dermatologia. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.