Rio
Câmara Municipal aprova redução de imposto para salas de cinema do Rio
Desde a pandemia, o número de espectadores vem caindo drasticamente
As salas de cinema do Rio de Janeiro pedem socorro. Desde a pandemia, o número de espectadores vem caindo drasticamente. Se em 2019, 15 milhões de pessoas assistiram a filmes nos cinemas, em 2021 foram pouco mais de 3 milhões.
Nos últimos anos, seis salas de cinema não resistiram e tiveram que fechar as portas. Foi o caso do tradicional Roxy, de Copacabana, na Zona Sul do Rio. A fim de evitar que outras salas sigam o mesmo caminho, o vereador Felipe Michel deu entrada nesta quinta-feira (8), em um projeto de lei que prevê a diminuição da alíquota de serviços cinematográficos de 3 para 2%, além da isenção de IPTU aos cinemas de rua.
“Fizemos um estudo de impacto e comprovamos que ele será mínimo, cerca de 750 mil reais, porém fundamental para manter um setor que emprega direta e indiretamente dez mil pessoas. Essa redução vai atrair novos empresários do ramo, que estavam optando por abrir suas salas em outras cidades. Precisamos preservar nossa cultura que é o cinema de rua”, disse Felipe Michel.
O projeto foi aprovado em segunda discussão nesta quinta (8), no plenário da Câmara Municipal do Rio. Vários representantes do setor acompanharam a votação.
“Esse imposto tira muita coisa da gente. Sofremos muito durante a pandemia e o cinema ainda não se recuperou. Com essa redução poderemos manter os empregos e fazer novas contratações”, explica Elisângela Mourão, gerente do Kinoplex do Rio Sul.
O Rio de Janeiro tem o segundo maior parque exibidor do Brasil, com 220 salas, que representam 6,5% das salas de todo o país. Em 2019, o faturamento do setor foi de R$ 267.344.373,00. Em 2022, caiu para R $131.426.319,00.
Agora, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes.