Brasil
Câmara dos Deputados vai analisar prisão do deputado Chiquinho Brazão nesta terça
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), em nota, afirmou que deputados só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. Prisão precisa ser confirmada pelos deputados em votação abertaCâmara dos Deputados, por meio da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania divulgou, em nota, que vai analisar, na tarde desta terça-feira (26), o ofício do Supremo Tribunal Federal que comunica a prisão do deputado Chiquinho Brazão (RJ). A sessão será presidida pelo deputado Darci de Mattos (PSD-SC).
De acordo com a Câmara, um deputado só pode ser preso em flagrante delito de crime inafiançável. No ofício encaminhado pelo STF, Alexandre de Moraes afirma que o flagrante delito se refere ao crime de obstrução de Justiça em organização criminosa. A prisão, segundo a Câmara, precisa ser confirmada por maioria absoluta dos deputados, em votação aberta.
Brazão é acusado de ser um dos mandates do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. Além de Chiquinho, o irmão, Domingos Brazão, e o ex-chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, também foram presos.
Na tarde desta segunda-feira (25), a assessoria de Chiquinho Brazão divulgou nota afirmando que o deputado é inocente e que a prisão dele é arbitrária.
“É estarrecedor que o Deputado Federal Chiquinho Brazão, um cidadão inocente e um parlamentar no exercício de seu mandato, tenha sido preso de forma arbitrária em pleno domingo. O próprio relatório policial confessa a mais absoluta ausência de provas contra o deputado. Além de altamente desnecessária, visto que o deputado sempre esteve à disposição das autoridades, a medida é absurda e se baseia apenas em presunções e nas declarações de um criminoso confesso que busca diminuir sua pena.”