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Bolsonaro afirma que estaria ‘preso ou morto’ caso não tivesse ido aos EUA no fim do mandato

Durante ato em Copacabana, Bolsonaro fala sobre saída do país e critica Alexandre de Moraes

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Ato de Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores neste domingo (16) em um ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento acontece em meio à expectativa sobre a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “Núcleo 1”, grupo que inclui Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.

Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que caso não deixasse o país no fim de seu mandato, estaria “preso ou morto”. Durante o discurso, criticou o governo Lula, o ministro Alexandre de Moraes e contestou pontos da denúncia feita pela PGR. O ex-presidente também defendeu anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Foto: Reprodução/Redes Sociais e Marcos Antônio Jesus: Rádio Tupi

Em nota compartilhada pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, a corporação destacou que “ao todo mais de 400 mil pessoas acompanharam a manifestação” que aconteceu na altura do posto 4 da Praia de Copacabana.

Discurso de Bolsonaro

O ex-presidente chegou ao local pouco depois das 10h, acompanhado de aliados políticos. Seu discurso começou por volta das 11h40 e durou cerca de 40 minutos. Durante a fala, Bolsonaro mencionou os detentos dos atos de 8 de janeiro.

Ele voltou a criticar Alexandre de Moraes e os processos contra ele, classificando os inquéritos como “secretos”. Também afirmou que, embora seu ciclo um dia chegue ao fim, está preparando sucessores para dar continuidade.

“O meu ciclo vai se esgotar um dia, mas nós estamos deixando muitas pessoas capazes de me substituir no futuro. Por lá, não tem nenhuma liderança, por lá não tem o que falar para se apresentar junto a vocês. Nós acreditamos no futuro do nosso Brasil. E o último ato aqui.”

Ao comentar sua saída do país no fim do mandato, Bolsonaro relembrou o que chamou de perseguição e afirmou que poderia estar morto caso tivesse permanecido no Brasil.

“Isso não foi perfeito, essa história de golpe para eles, porque nós estávamos nos Estados Unidos. Se tivesse aqui, estaria preso até hoje, ou quem sabe morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. Mas eu deixo acesa a chama da esperança da libertação do nosso povo, afinal.”

Políticos presentes no ato

Entre os políticos confirmados para o evento estão os governadores Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Melo (PL-SC) e Mauro Mendes (União-MT), além do deputado federal Nikolas Ferreira e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Repercussão internacional

Os manifestantes também querem chamar a atenção de autoridades estrangeiras, especialmente dos Estados Unidos. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aliado do ex-presidente Donald Trump, tem sido criticado por partidos de esquerda, que o acusam de tentar influenciar o governo americano contra o STF e a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

LEIA MAIS: PGR avaliará pedido de apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro

Julgamento de Bolsonaro no STF

A denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros integrantes do “Núcleo 1” será analisada pela 1ª Turma do STF em três sessões: duas no dia 25 de março e uma extraordinária no dia 26. O julgamento será conduzido pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.

Além de Bolsonaro, são alvos da denúncia Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto. Caso a acusação seja aceita, eles se tornarão réus e responderão criminalmente. A expectativa é que a denúncia seja acolhida pelo STF.

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