Mãe de menino morto em casa em Nova Iguaçu aponta negligência médica em hospital de Campo Grande - Super Rádio Tupi
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Baixada Fluminense

Mãe de menino morto em casa em Nova Iguaçu aponta negligência médica em hospital de Campo Grande

"Meu filho estava com derrame na perna esquerda e mesmo assim o liberaram para casa", contou Larisse Firmino

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(Foto: Arquivo Pessoal)

O garoto Ryan Lucca, de 7 anos, morreu em casa, em Nova Iguaçu, na última quarta-feira (5) depois de ter tido um derrame após passar por três unidades de saúde (duas no município da Baixada Fluminense e uma em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio). Segundo Larisse dos Santos Firmino, mãe da criança, o filho morreu depois de ter sido medicado com o remédio Tramal no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande.

Em entrevista ao programa Cidinha Livre, Larisse contou que primeiro o garoto deu entrada na Clínica da Família, no bairro de Jardim Paraíso, em Nova Iguaçu pela manhã e foi diagnosticado com suspeita de sinovite (inflamação que afeta as grandes articulações do corpo, como joelho, quadril e ombro). Foi medicado com dipirona e liberado em seguida. Depois de retornarem à casa, Ryan continuou reclamando de dores e a família rumou à tarde, para a UPA de Cabuçu, também no município da Baixada Fluminense. Por lá, recebeu o mesmo medicamento e teve alta.

Posteriormente, o garoto voltou a sentir dores nas articulações e a família se dirigiu ao Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a mãe, foi nessa unidade de saúde que os problemas se agravaram.

“O laudo que o Hospital Rocha Faria me deu informava que meu filho estava com um derrame na perna esquerda e mesmo assim, eles (hospital) liberaram meu filho pra casa”, contou.

O Secretário de Saúde do Município do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, falou também em entrevista ao Programa Cidinha Livre, que instaurou uma sindicância para apurar os fatos ocorridos na unidade de saúde.

A equipe (do Rocha Faria) não suspeitou que poderia estar acontecendo alguma intoxicação ou algum trombo que pudesse agravar (o quadro) e levar a criança a óbito. Eu estive com a equipe e a gente abriu uma sindicância para apurar o caso no detalhe para entender o que aconteceu”, contou.

A família esteve no Hospital Rocha Faria na tarde dessa sexta-feira (7) e foi até a 35ª DP (Campo Grande) registrar boletim de ocorrência.