Avenida Brasil registrou 51 acidentes com mortes em nove meses, aponta ISP

A Avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro, lidera o ranking de acidentes fatais no estado em 2024. De acordo com um levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), entre janeiro e setembro, 51 pessoas perderam a vida na via. O número expressivo reforça a necessidade de medidas urgentes para aumentar a segurança no trânsito.

Além das mortes, a Avenida Brasil também registrou 70 atropelamentos no período, sendo um dos trechos mais perigosos da cidade. No total, o estado do Rio contabilizou 1.124 mortes no trânsito nos nove primeiros meses do ano, com outras rodovias também apresentando números preocupantes, como a Washington Luiz, que teve 40 acidentes fatais, e a Presidente Dutra, com 33 ocorrências. A maioria das vítimas fatais era do sexo masculino.

A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou a importância da transparência nos dados para combater a imprudência dos motoristas e reduzir acidentes. “Com essas informações, podemos intensificar a fiscalização, promover campanhas de conscientização e reduzir crimes nas principais vias do estado”, afirmou.

Lesão corporal no trânsito

Além dos acidentes fatais, o ISP registrou 20.547 casos de “lesão corporal culposa” no trânsito entre janeiro e setembro de 2024, crime associado a ferimentos causados por direção perigosa. O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran.RJ) reforça que campanhas educativas são fundamentais para incentivar uma condução mais segura.

“O trabalho da Coordenadoria de Educação para o Trânsito do Detran.RJ é essencial para conscientizar motoristas, motociclistas e ciclistas sobre boas práticas no trânsito, ajudando a reduzir acidentes e evitar mortes”, afirmou o presidente do Detran, Glaucio Paz.

Os dados do ISP também mostram que 1.768 motoristas foram autuados por dirigir sem habilitação, sendo 231 apenas em setembro. Além disso, 915 condutores foram flagrados dirigindo de forma perigosa e 1.230 foram autuados por conduzir veículos sob efeito de álcool ou drogas.

Os números reforçam a necessidade de intensificar ações para reduzir os riscos no trânsito, especialmente em vias como a Avenida Brasil, que se mantém como um dos pontos mais críticos da capital fluminense.