Ativista transexual sofre ameaças de morte nas redes sociais

(Foto: Divulgação)

A ativista transexual Indianarae Siqueira sofreu ameaças de morte pelas redes sociais. Um perfil fake foi responsável pelos ataques.

Indianarae também é a fundadora da Casa Nem, espaço que acolhe pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social. Ela foi acompanhada por um corpo jurídico para fazer um registro de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio.

“Querem impedir nosso direito de ir e vir. Se incomodam com a nossa existência. Mas estamos aqui para ser e resistir. Intimidadores e que ameaça nossas vidas, quem deseja a nossa morte não passarão”, disse Indianarae Siqueira.

O perfil fake utilizou uma foto do ator Fábio Assunção de perfil e proferiu diversos xingamentos contra Siqueira. “Vamos assassinar todo travesti dessa casa imunda junto com essa tal de Indianara”, escreveu o perfil em uma mensagem. “Nojento esse palco Lapa só tem travesti aberração”, disse em outra.

Segundo o advogado Valdinan Carvalho, que acompanhou a ativista na Decradi, o caso foi registrado sob o fundamento da lei 7716/89, em seu artigo 20, após entendimento do STF, que equiparou a homofobia e a transfobia como crimes imprescritível. A lei que trata de crime de racismo em caso de descriminarão de cor e raça, agora pune os crimes contra a população LGBTQIA+. “Acreditamos que o próximo passo da investigação será a solicitação junto ao provedor do Twitter, o login e da conta que foi bloqueada após denúncia, para identificação do IP, para assim localizar o infrator”, contou o advogado.

O Brasil é hoje um dos países que mais mata LGBTQIA+ no mundo, e esses ataques acontecem na semana do T-DOR onde o 20 de Novembro é também o Dia Internacional da Memória Trans, que lembra às vítimas fatais de transfobia.

Veja os prints com as ameaças abaixo:

(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)