Rio
Capivara é encontrada presa em armadilha em Jacarepaguá
Armadilha encontrada é do tipo "enforca-gato", que prende o animal com uma argola cortante
Uma capivara foi encontrada enroscada em uma armadilha na Lagoa de Jacarepaguá, na Zona Oeste. O episódio foi registrado na quarta-feira (9). Recentemente, quatro capivaras foram mortas a tiros na mesma região. O ambientalista Mario Moscatelli fez um diagnóstico do problema.
“Enquanto a fiscalização não é intensificada, nós infelizmente temos encontrado animais mortos, principalmente no caso das capivaras. E além da questão dos tiros, nós temos uma situação associada com armadilhas, como esse animal que foi fotografado no entorno do Parque Olímpico”, disse.
A armadilha encontrada é do tipo “enforca-gato”, que prende o animal com uma argola cortante. Assim, apesar da capivara ter conseguido fugir ela pode vir à morrer em razão das infecções causadas.
Capivaras são mortas a tiros
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No dia 1º de outubro, quatro capivaras foram encontradas com marcas de tiros na Lagoa da Tijuca, próximo à comunidade Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. Segundo informações do ambientalista Mário Moscatelli, os animais são caçados para venda da carne.
“A carne é vendida em feiras nos finais de semana e contaminada por toxinas que são produzidas por cianobactérias. Essas toxinas, independente da forma que você prepara, não sai da carne”, disse na ocasião.
A ingestão de carne de animais que consumiram água contaminada por essas bactérias pode representar sérios riscos à saúde humana, uma vez que as toxinas não são eliminadas pelo cozimento ou outros métodos de preparo.
Em nota, a PM afirmou que “o Comando de Polícia Ambiental intensificou as ações no complexo lagunar de Jacarepaguá” e que “o patrulhamento é realizado rotineiramente na área, tanto por equipes em terra, como na água, com a utilização de embarcações.” A corporação também reforçou a importância das denúncias, por meio da Linha Verde do Disque Denúncia pelo telefone 0300-253-1177.
A Polícia Civil não respondeu aos questionamentos da reportagem da Super Rádio Tupi sobre o andamento das investigações da mortandade das capivaras.
Questionadas, as secretarias municipal e estadual de Meio Ambiente também não responderam sobre as ações tomadas para coibir a caça ilegal dos animais.
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