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Rio

Aluna de Medicina da UFRJ sofre assédio em hospital universitário

Um residente a agarrou e a beijou. A estudante denunciou o médico

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No Hospital Universitário Clementino Fraga, que fica no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma aluna de Medicina denunciou um caso de assédio que sofreu no local por um residente do hospital. As informações foram divulgadas pelo G1.

De acordo com a vítima, ela estava aguardando um atendimento pré-operatório para uma cirurgia de silicone nos seios, quando um outro médico a chamou para dentro da sala. Ainda segundo a graduanda, um residente do 3º ano a agarrou e beijou durante uma consulta no dia 13 de junho.

“Ele [residente] perguntou se eu trabalhava ali, se eu era aluna ou se eu estava ali procurando botar silicone nos seios. Ele mandou entrar na sala dele e tinha outra paciente lá. Ele mandou tirar a blusa porque ele ia avaliar meu peito. Nisso, ele começou a avaliar meu peito de forma indevida. Ele falou que acha muito agradável e que era como o da ex-namorada dele e que ele gostava muito”, contou a aluna.

A estudante afirmou que durante a consulta o residente fez diversas perguntas inadequadas sobre relacionamento na presença da outra paciente.

“Ele perguntou: se você não tem namorado, aceita tomar um drink comigo? Eu fiquei sem dar resposta porque fiquei completamente consternada. Depois ele falou para mim e para a outra mulher: vocês preferem a cirurgia ou um jantar comigo?”, disse a estudante.

“Eu voltei para o corredor para esperar minha consulta com o outro médico. Ele acabou os pacientes dele e mandou eu entrar na sala dele de novo, só que dessa vez estava vazia. Eu pensei que ele ia avaliar de novo a mama, mas ele me mandou sentar na maca. Eu sentei e ele falou ‘fecha o olho’. Eu perguntei ‘para que?’ e ele disse ‘só fecha o olho’. Ele fingiu que ia tirar alguma coisa do meu olho, me agarrou e me beijou. Eu afastei ele e falei ‘você é maluco?’ e ele saiu rindo da sala”, descreveu a graduanda.

A aluna de medicina prestou queixa na Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM) do Centro do Rio. Ela também denunciou o residente para o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e para a ouvidoria do hospital.