Rio
Alerj vai recorrer de liminar que suspendeu comissão do impeachment
Parlamentares também vão estudar novo modelo para composição do grupoA Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) vai recorrer da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que suspendeu o processo de impeachment do governador e determinou a recomposição da comissão especial que analisa a denúncia contra Wilson Witzel. A decisão foi tomada por unanimidade em reunião entre os líderes partidários realizada no início da tarde desta terça-feira (28/07).
Os parlamentares decidiram ajuizar o recurso no início de agosto, quando termina o recesso no judiciário. Com isso, quem analisará o pedido da Casa será o ministro Luiz Fux, relator do processo. A liminar foi concedida no plantão judiciário pelo ministro Dias Toffoli no último dia 27, em meio ao recesso da corte.
“Nós reafirmamos a confiança em tudo o que foi feito, na composição da comissão, a definição do rito, que seguiram a Lei 1.079/50 e a ADPF 378. Elas determinam a participação de todos os partidos, e permitem a formação da comissão por indicação dos lídres. Estamos garantindo o direito à ampla defesa do governador”, afirmou o deputado André Ceciliano.
Segundo o presidente da Alerj, a Casa vai estudar, em paralelo ao recurso, um modelo para a formação de uma nova comissão que contemple a participação de todos os 25 partidos com representação na Alerj, como determina a lei do impeachment, e a proporcionalidade das bancadas. “Em paralelo ao recurso vamos estudar um critério de proporcionalidade, para que a gente possa ter uma alternativa”, finalizou Ceciliano.
Presidente da comissão especial suspensa pela liminar, o deputado Chico Machado (PSD) agradeceu ao apoio dos demais deputados, e também foi favorável ao recurso. “Vamos ter mais trabalho, mas vamos levar uma decisão para a nossa população, porque é isso que o povo do Rio de Janeiro espera de todos nós”, destacou.
Um dos autores da denúncia que resultou no processo de impeachment, o deputado Luiz Paulo (PSDB) também defendeu a decisão, mas pontuou que é preciso formular uma alternativa. “O crime de responsabilidade é concreto. Temos que estudar muito bem as possibilidades para a formação desssa nova comissão”, afirmou.