O Brasil está derretendo? Como temperaturas acima de 40°C e umidade abaixo de 10% afetam o país?

Setembro começou com temperaturas escaldantes e humidade extremamente baixa em várias regiões do Brasil. A tarde de terça-feira, 3 de setembro, foi marcada por termômetros ultrapassando os 40°C em diversas áreas, especialmente em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em estados como São Paulo e Minas Gerais, a temperatura também subiu significativamente, atingindo os 39°C.

A capital do Mato Grosso, Cuiabá, registrou a maior temperatura do país, alcançando 42°C, a terceira mais alta do ano na cidade. Esta onda de calor parece estar longe de terminar, com previsões indicando ainda mais elevações nos próximos dias e uma baixa possibilidade de chuvas até a primeira quinzena de setembro em grande parte do território brasileiro.

Recorde de Calor em Belo Horizonte

Além das temperaturas elevadas em Cuiabá, Belo Horizonte também bateu recorde de calor neste 3 de setembro. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 34,4°C na estação meteorológica de Santo Agostinho, marcando o dia mais quente do ano até agora na capital mineira. O recorde anterior, de 33,8°C, havia sido registrado nos dias 17 de março, 16 e 17 de janeiro de 2024.

Quais são as maiores temperaturas registradas no Brasil em 3 de setembro de 2024?

Confira as maiores temperaturas registradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em 3 de setembro de 2024:

• 42,0°C em Cuiabá (MT)
• 40,5°C em Aquidauana (MS) e Rondonópolis (MT)
• 40,2°C em Santo Antonio Leverger (MT)
• 40,1°C em Diamantino (MT)
• 40,0°C em Água Clara (MS) e Corumbá/Nhumirim (MS)

Tarde mais seca do ano em Brasília

Além do calor intenso, a secura do ar também foi destaque em várias regiões do Brasil. No dia 3 de setembro, 17 dos 27 estados brasileiros e o Distrito Federal registraram umidade relativa do ar igual ou inferior a 20%. Nove deles tiveram umidade abaixo ou igual a 12%.

Quais foram os menores índices de umidade no ar registrados em 3 de setembro de 2024?

Veja os menores índices de umidade por estado neste dia, de acordo com o Inmet:

• 7% em São Paulo (SP) e Goiás (GO)
• 8% em Mato Grosso do Sul (MS), Minas Gerais (MG) e Distrito Federal (DF)
• 10% em Tocantins (TO), Mato Grosso (MT) e Bahia (BA)
• 11% em Paraná (PR) e Ceará (CE)
• 13% no Piauí (PI)
• 14% no Maranhão (MA)
• 15% em Santa Catarina (SC) e Pará (PA)
• 17% na Paraíba (PB)
• 18% em Pernambuco (PE)
• 19% em Rondônia (RO)
• 20% no Rio Grande do Norte (RN)

Entre as capitais, os menores índices de umidade foram registrados em:

1. Goiânia (GO): 7%
2. Brasília (DF): 10%
3. Campo Grande (MS): 10%
4. Cuiabá (MT): 10%
5. Belo Horizonte (MG): 12%
6. São Paulo (SP): 20%
7. Curitiba (PR): 21%

Em Brasília, a umidade chegou a apenas 10% na tarde de 3 de setembro, o menor índice do ano até agora. No Gama, a umidade atingiu 7% e em Brazlândia, 9%, também as menores marcas de 2024. Em agosto, a umidade no Gama e Brazlândia já havia chego a 10%, mas não baixado dessa marca. Esse cenário de baixa umidade pode se repetir nos próximos dias.

Com a onda de calor e a secura do ar, é importante adotar medidas para se proteger, como manter-se bem hidratado e evitar a exposição prolongada ao sol. As autoridades recomendam também cuidados especiais para crianças e idosos, que são mais vulneráveis a essas condições extremas.