Neblina, calor, chuva… O que mais o litoral paulista nos reserva?

De janeiro a julho deste ano, o litoral de São Paulo foi palco de uma série de fenômenos climáticos que pegaram muitos de surpresa. A variação das condições meteorológicas encantou alguns e trouxe desafios para outros. Moradores e turistas da Baixada Santista tiveram que lidar com nevoeiros densos, calor extremo, infiltração marítima, massas de ar polar e veranicos.

Esses eventos impactaram significativamente a rotina diária das cidades costeiras e alteraram também as operações do Porto de Santos. Vale a pena explorar como cada um desses fenômenos aconteceu e afetou a vida cotidiana no litoral paulista.

Neblina em Abril: Impacto no Porto de Santos

A neblina foi um dos fenômenos climáticos mais notáveis que ocorreram no litoral de São Paulo em 2024. No mês de abril, uma densa camada de neblina cobriu a Baixada Santista. Enquanto a visibilidade nas estradas se manteve razoável, a navegação no Porto de Santos sofreu. A entrada e saída de navios foram suspensas, e a travessia de balsas entre Santos e Guarujá foi paralisada, evidenciando a dependência da região desses meios de transporte.

O que é a Infiltração Marítima?

No final de julho, a neblina voltou a cobrir as cidades da Baixada Santista e trouxe junto um fenômeno conhecido como infiltração marítima. Esse evento climático é caracterizado pela entrada de ar fresco e úmido do oceano, substituindo o ar quente e seco do interior. Como resultado, pequenas pancadas de chuva ou garoas contínuas foram registradas, mantendo a umidade elevada, mas sem causar chuvas fortes.

Como a Infiltração Marítima Afetou a Região?

A infiltração marítima impactou principalmente os moradores do litoral, trazendo dias mais úmidos e chuvosos. As chuvas leves dificultaram algumas atividades ao ar livre, mas também ajudaram a manter a temperatura mais amena durante dias de calor extremo. As operações do Porto de Santos passaram por ajustes para lidar com as condições climáticas, mas continuaram relativamente estáveis.

Veranico em Junho: Verão em Pleno Inverno

Outro fenômeno que chamou a atenção foi o veranico, que se instalou na região em junho. Essa condição é caracterizada por uma massa de ar seco e quente que faz lembrar temperaturas de verão em pleno inverno. As temperaturas subiram consideravelmente, chegando a 35°C, com uma sensação térmica de até 42°C.

Quais Foram os Efeitos do Veranico nos Moradores?

Esse calor atípico desafiou os moradores da Baixada Santista a adaptar suas rotinas. Muitos relataram desconforto e dificuldades em manter o bem-estar diante das altas temperaturas. A saúde pública também foi impactada, com um aumento nos casos de desidratação e outros problemas relacionados ao calor excessivo.

Massa de Ar Polar em Julho: Queda de Temperatura

A sequência de calor extremo foi interrompida por uma forte massa de ar polar que atingiu a região em julho. As temperaturas caíram abruptamente, fazendo com que a sensação térmica chegasse aos 10°C. Essa variação drástica trouxe novos desafios para a população, que precisou se adaptar rapidamente a condições climáticas opostas.

Como a Variação de Temperatura Influenciou a Baixada Santista?

Os moradores tiveram que lidar com uma mudança brusca na temperatura, o que afetou tanto a saúde pública quanto o conforto térmico. Casos de resfriados e outros problemas de saúde relacionados ao frio aumentaram, mostrando a vulnerabilidade da região às variações climáticas.

Os eventos climáticos que marcaram o litoral de São Paulo em 2024 refletem as variações extremas e inesperadas do clima atual. Com neblina, infiltração marítima, veranicos, calor extremo e massas de ar polar, a adaptabilidade dos moradores da Baixada Santista foi testada ao longo do ano. A natureza demonstrou sua capacidade de surpreender e preparar a região para o que está por vir se tornou essencial.

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