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La Niña: Efeitos Climáticos no Brasil em 2024

La Niña e Suas Implicações Climáticas para o Brasil em 2024

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Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

O fenômeno climático La Niña pode se manifestar entre setembro e novembro de 2024, com uma chance de 71%, de acordo com previsões recentes. Este fenômeno se caracteriza pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico central e oriental e pode perdurar até o início de 2025, segundo análises do NOAA e da OMM.

No mês de agosto, o estado “neutro” do El Niño-Oscilação Sul (ENSO) manteve-se prevalente, com temperaturas marítimas próximas da média. Contudo, modelos climáticos como o North American Multi-Model Ensemble (NMME) sugere um desenvolvimento iminente de uma La Niña leve. O resfriamento das águas e ventos anômalos de leste corroboram essa previsão.

Impactos da La Niña no Clima Brasileiro

A La Niña traz diferentes impactos às regiões do Brasil. No Norte e Nordeste, espera-se um aumento na precipitação, especialmente na Amazônia e no litoral. Entretanto, no Sul, é comum reduzir as chuvas. O centro do Brasil apresenta efeitos mais variáveis, com impacto dependente da intensidade do fenômeno.

Estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul podem ter condições semelhantes ao Sul do país, enquanto Minas Gerais pode alinhar-se mais com as condições do Nordeste. Adicionalmente, a La Niña pode favorecer a entrada de massas de ar frio mais intensas e tardias em algumas áreas.

Os Efeitos da La Niña Serão Perceptíveis Imediatamente?

Se a La Niña começar em outubro, os efeitos mais evidentes serão percebidos a partir de dezembro, quando a estação chuvosa se inicia no Brasil. A temporada de verão, com maior incidência solar e calor, pode diminuir alguns efeitos de resfriamento típicos da La Niña, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste.

Assim, é possível que os impactos diretos do fenômeno sejam parcialmente mascarados pela estação chuvosa do verão.

Como o Resfriamento do Atlântico Pode Complicar as Coisas?

Outro fator relevante é o resfriamento do Atlântico Norte, que pode impactar significativamente o regime de chuvas no Brasil. Este resfriamento pode deslocar a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) para mais ao norte, prejudicando o regime de chuvas nas regiões Norte e Nordeste, que já sofrem com secas prolongadas.

Mesmo uma La Niña de menor intensidade, associada ao resfriamento do Atlântico, requer atenção especial, pois pode intensificar problemas climáticos nessas áreas.

A La Niña Pode Contrariar o Aquecimento Global?

Embora a La Niña possa trazer um resfriamento temporário, a tendência global é de aquecimento devido ao aumento dos gases de efeito estufa. Celeste Saulo, Secretária-Geral da OMM, afirma que “um evento de La Niña não mudará a trajetória de aumento das temperaturas globais, que continuam a bater recordes.”

Desde junho de 2023, experimentamos temperaturas extremas tanto em terra quanto nos oceanos, e a La Niña pode não ser suficiente para reverter essa tendência. A combinação entre a La Niña e o resfriamento do Atlântico pode alterar de forma significativa os padrões de chuva e temperatura no Brasil, exigindo monitoramento contínuo.

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