Política
‘Única coisa que podem me acusar é de empobrecimento ilícito’, assegura Crivella
Prefeito usou redes sociais para comentar operação do MP-RJ que investiga suposto esquema de propina em contratos da Prefeitura do RioO prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), se pronunciou na tarde desta terça-feira sobre a operação de busca e apreensão do Ministério Público, em parceria com a Polícia Civil, feita na sede da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), durante a manhã de hoje, para averiguar possíveis irregularidades envolvendo empresas contratadas pela Prefeitura. Em vídeo publicado nas suas redes sociais oficiais, Crivella alegou que a única coisa de que podem lhe acusar é de “empobrecimento ilícito”, além de novamente ter atacado o grupo Globo.
Na gravação, o prefeito questionou a manchete publicada pelo jornal O Globo (“Operação do MP mira ‘GQ da propina’ no governo Crivella”), ao noticiar a operação. Ele garantiu que não pagou “um tostão para essa empresa (Locanty), que sequer tem contratos no meu governo”. Na matéria, a Locanty é apontada como uma das empresas que estariam envolvidas envolvidas em suposto esquema de propina.
“É de estranhar que essa manchete ocorra em um momento em que na semana passada eu mandei investigar uma obra em um prédio na Vieira Souto, no Rio de Janeiro. Em 2014, a proprietária, filha do dono da Rede Globo, João Roberto Marinho, pediu autorização para fazer uma obra. Reconstruiu três andares a mais no prédio, uma obra de 2 mil metros quadrados. Isso recebendo 12 multas da prefeitura, seis laudos de interdição, ações na justiça e até a Defesa Civil foi lá”, relatou o prefeito.
Marcelo Crivella ainda prosseguiu: “Ela só conseguiu aprovar e licenciar quando contratou como advogada a esposa do ex-governador Sérgio Cabral Adriana Ancelmo. E aí o prefeito de então, Eduardo Paes, licenciou a obra. Olha, deixe eu dizer uma coisa para vocês. Eu mandei reabrir esse processo para fins de demolição, como estão sendo demolidos nesse momento os prédios irregulares da Muzema e também do Rio das Pedras. (…)”.
“Eu vivi como missionário na África por 10 anos, tinham muitos países eu guerra. Quando voltei, fui morar no sertão da Bahia, onde doei dos meus direitos autorais cerca de R$ 20 milhões. Ora, se eu quisesse dinheiro, teria ficado com o meu. A única coisa que podem me acusar é de empobrecimento ilícito”, finalizou Crivella.