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Política

Show gospel de pastor denunciado por incitar ódio contra religiões de matriz afro-brasileira é cancelado pela Prefeitura de Paty do Alferes

Na ação, Átila Nunes (PSD) questionou a participação do líder religioso Felippe Valadão, além da contratação de atrações que representam apenas igrejas neopentecostais

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Show gospel de pastor denunciado por incitar ódio contra religiões de matriz afro-brasileira é cancelado pela Prefeitura de Paty do Alferes
Show gospel de pastor denunciado por incitar ódio contra religiões de matriz afro-brasileira é cancelado pela Prefeitura de Paty do Alferes

A organização da Festa do Tomate 2022, que será realizada a partir deste domingo (12), até o próximo dia 19, em Paty do Alferes, no Sul Fluminense, anunciou o cancelamento da apresentação do pastor Felippe Valadão, um dia após o relator da CPI da Intolerância, na Assembleia Legislativa do Rio, denunciar o caso ao Ministério Público.  Na ação, Átila Nunes ( PSD) questionou a participação do pastor, denunciado por ele após incitar o ódio contra religiões de matriz afro-brasileira durante show realizado em Itaboraí, além da contratação de atrações que representam apenas igrejas neopentecostais. 

De acordo com a organização do evento, a decisão foi tomada em conjunto entre o artista e a prefeitura de Paty do Alferes. “A decisão de cancelar a apresentação do pastor que ameaçou fechar os terreiros de umbanda e candomblé de Itaboraí mostra que a prefeitura ouviu as nossas ponderações sobre o respeito à liberdade religiosa. Vamos continuar com as denúncias contra as prefeituras que realizam festividades com artistas de apenas uma crença. Temos que brigar pelo espaço aos irmãos de todas as religiões, que são artistas e merecem ter a mesma oportunidade que todos os outros. Basta de privilegiar apenas uma religião”, defendeu Átila Nunes.

Além do evento promovido pela cidade de Paty do Alferes, outras duas prefeituras do Rio são alvos de denúncia por  favorecimento de apenas um grupo religioso na contratação de atrações para as festas promovidas pela administração pública: Italva e Magé.  Na ação apresentada ao Ministério Público, o deputado argumenta que a opção das prefeituras em contratar apenas representantes de um segmento religioso fere totalmente os princípios de igualdade.