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Política

Renata Souza é escolhida pelo PSOL para disputar a Prefeitura do Rio nas eleições 2020

Deputada estadual é a mais jovem pré-candidata até o momento

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Deputada estadual é a mais jovem pré-candidata até o momento (Foto: Divulgação/Alerj)

Deputada estadual é a mais jovem pré-candidata até o momento
(Foto: Divulgação/Alerj)

O PSOL definiu oficialmente, na noite dessa segunda-feira, o nome que representará a sigla no pleito eleitoral de 2020 pela Prefeitura do Rio de Janeiro. A escolhida foi Renata Souza, que atualmente é deputada estadual e é conhecida por sua postura combativa e vigorosa dentro da Alerj, principalmente no enfrentamento ao governador Wilson Witzel (PSC).

Mulher preta, feminista, favelada e doutora, Renata, a mais jovem pré-candidata até o momento, representa, segundo ela, “um Rio de Janeiro de gente real, uma cidade que precisa ser para maioria”. “A solidariedade que sempre me foi ensinada na favela deve ser lanterna no caminho que trilharemos, principalmente pós-pandemia. É preciso ousadia para recuperar a cidade e torná-la espaço de bem estar para todas e todos. A prefeitura precisa estar inteiramente conectada com o Rio de Janeiro real para superar seus problemas e atender às demandas cotidianas da população”, destacou a parlamentar.

“Eu faço parte desse Rio real, vivi o ônibus cheio, a falta de dinheiro para pagar a passagem cara, o atendimento pelo SUS. Esse Rio precisa ser olhado. Precisamos derrotar um projeto de cidade que é excludente e que não foi implementado somente no atual governo. O Rio se tornou uma das cidades mais caras do mundo e foi ficando cada vez mais precarizada. Saúde, emprego, saneamento, moradia, educação têm que estar na pauta do dia, num programa sério de recuperação da cidade a partir da diminuição das desigualdades”, ressalta ainda Renata Souza.

Após desistência ao pleito por parte do deputado federal Marcelo Freixo, com quem Renata tem estreita relação política, ganhou força dentro do partido o coro, engrossado pelo próprio parlamentar, para que a deputada fosse escolhida para defender o programa do PSOL para o Rio. “Renata Souza chegou junto comigo à Alerj, quando me elegi pela primeira vez em 2006. Depois foi chefe de gabinete de Marielle, se tornou a deputada estadual mais votada da esquerda em 2018 e hoje preside a Comissão de Direitos Humanos. Ela junta a essa experiência política a sua vivência de mulher nascida e criada na Maré, que conhece na pele os problemas que a maioria dos cariocas enfrentam todos os dias para sobreviver. Isso faz com que ela esteja preparada para disputar a prefeitura do Rio”, defende Freixo.

Após a confirmação do nome de Renata, a deputada federal Talíria Petrone fez questão de saudar a colega de partido e manifestar seu apoio na construção da luta por um Rio mais igualitário. “A confirmação do nome de Renata Souza como pré-candidata à Prefeitura do Rio é uma resposta importante às necessidades urgentes de uma cidade que precisa estar conectada com as demandas da classe trabalhadora, das mulheres negras, da juventude e das periferias e favelas. O nome de Renatinha responde a tudo isso, pela sua trajetória forjada na luta por uma comunicação popular, democrática e inclusiva, e na defesa dos direitos humanos. A candidatura da nossa companheira querida renova nossas esperanças por um Rio de Janeiro para todas e todos”, frisa Talíria.

Jornalista e doutora em Comunicação e Cultura, Renata Souza é nascida e criada na Favela da Maré, Zona Norte do Rio. Atua na defesa dos Direitos Humanos há mais de 12 anos, participando de movimentos sociais, integrando a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e atuando como chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco. Em 2018, Renata Souza foi eleita deputada estadual sendo a mais votada da esquerda em todo o estado. Em seu mandato, a deputada aposta na transformação real da sociedade através da luta coletiva das mulheres, negras, faveladas e feministas para vencer o ódio e o genocídio dos grupos vulneráveis. Hoje, a parlamentar preside na Alerj a comissão da qual foi integrante durante quase uma década, sendo a primeira mulher negra a ocupar tal posto.