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Política

Políticos e autoridades repercutem anulação das condenações de Lula na Lava Jato

Com a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, o petista recupera os direitos políticos e volta a ser elegível

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(Foto: Reprodução)

Com a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, o petista recupera os direitos políticos e volta a ser elegível
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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou, na tarde desta segunda-feira (08), a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas às investigações da Operação Lava Jato. Com a decisão, o petista recupera os direitos políticos e volta a ser elegível. Após a divulgação do veredito, políticos de diversos partidos reagiram por meio das redes sociais.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), questionou se a decisão do ministro seria para beneficiar Lula ou o ex-juiz federal Sergio Moro. “Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!”, escreveu Lira no seu perfil oficial no Twitter.

Já o governador do Maranhão Flávio Dino (PC do B) celebrou a decisão de Fachin. “Há muitos anos, venho sublinhando que esses processos contra o ex-presidente Lula jamais poderiam ter sido julgados em Curitiba. Incompetência processual que pode e deve ser reconhecida a qualquer tempo. Vitória da Constituição. Como ex-magistrado federal, fico muito feliz”, declarou o político, que também é advogado.

O apresentador Luciano Huck, apontado como um provável candidato à presidência da República em 2022, também se manifestou pelo Twitter. “É respeitar a decisão do STF e refletir com equilíbrio sobre o momento e o que vem pela frente. Mas uma coisa é fato: figurinha repetida não completa álbum”, afirmou o global.

Ainda pelo microblog, Guilherme Boulos (PSOL), candidato à presidência em 2018 e à prefeitura de São Paulo em 2020, disse que, apesar de ter anulado os processos contra o ex-presidente Lula no âmbito da Lava Jato, o STF “não terminou o julgamento sobre a suspeição de Moro”. Por sua vez, o também ex-presidenciável Fernando Haddad (PT) escreveu: “Por justiça, a luta sempre vale. Sem ela, não há paz”.

Quem também falou sobre as anulações das condenações de Lula foi o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido). Em conversa com a imprensa, no fim da tarde desta segunda-feira, na porta do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo disse “não estranha” a decisão por conta de o ministro “ter ligação com o PT”.

“Fachin sempre teve ligação com o PT. (É uma decisão que) Não me estranha, mas todo mundo foi surpreendido”, afirmou Bolsonaro. “As bandalheiras que esse governo fez estão claras para toda sociedade. No no BNDES teve desvio de 3 trilhões. Na Petrobrás, mais de 2 bilhões”, completou o mandatário ainda.

Para concluir o raciocínio, o presidente aproveitou para ressaltar que, na visão dele, Lula não tem mais vez politicamente. “Isso tudo foi uma demonstração catastrófica do PT no governo. Acredito que o povo brasileiro não quer ter um candidato como esse e sequer pensar nisso em 2022. Prova disso é que o dólar subiu e a bolsa caiu”, disparou.

Em nota oficial, a defesa do ex-presidente Lula afirmou que recebeu com serenidade a decisão. Segundo os advogados do petista, o veredito de Fachin é “o reconhecimento de que sempre estiveram corretos ao longo da batalha jurídica”. No entanto, de acordo com o comunicado, as anulações das condenações não são o suficiente para reparar “os danos irremediáveis causados pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da ‘Lava Jato’ ao ex-presidente Lula, ao Sistema de Justiça e ao Estado Democrático de Direito”.