Política
Flávio Dino fala sobre CPMI do 08 de Janeiro e garante que governo não tem ‘absolutamente nada a temer’
Ministro da Justiça foi indagado sobre o assunto durante entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (20)
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino (PSB), afirmou nesta quinta-feira (20) que o governo não tem “absolutamente nada a temer” em relação as investigações sobre os atos extremistas do dia 08 de Janeiro. A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada no Centro da Ciberlab, dentro da sede da Polícia Rodoviária Federal (PFR), em Brasília.
O propósito da coletiva era apresentar dados sobre a operação que combate ataques e ameaças a escolas. No entanto, ao ser questionado sobre a possível abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para tratar dos ataques às sedes dos Três Poderes, o ministro não fugiu da pergunta e ressaltou que a decisão cabe somente ao Congresso Nacional.
“Não temos absolutamente nada a temer porque quem caminha com a verdade não tem medo de nada e ninguém. Pode haver qualquer tipo de investigação sobre qualquer coisa, porque queremos mostrar que fomos vítimas de uma ação terrorista, criminosa, orquestrada por centenas de pessoas que queriam dar um golpe de estado contra um governo legitimamente eleito. Essas pessoas foram presas, outras pessoas têm sido investigadas e várias estão respondendo ações penais do STF. Portanto, a lei está sendo cumprida”, destacou o ministro.
Ainda durante a coletiva, Flávio Dino pontuou que, até o momento, 81 militares já foram ouvidos pela Polícia Federal sobre os ataques. Ele também enfatizou a autonomia dada para corporação pelo governo.
“Nós tanto objetivamos que a PF tem independência técnica para investigar qualquer coisa, que quem pediu ao STF autorização para investigar militares foi a PF, o que mostra compromisso”, ressaltou Dino.
Após a queda do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general da reserva Gonçalves Dias, a bancada governista no Congresso mudou de posicionamento quanto a CPMI. Depois da demissão, os parlamentar da base se declararam favoráveis a instauração da comissão.