Política
[EXCLUSIVO] Castro: “não desistiremos de cada morador, muito menos o da Zona Oeste”
Governador concedeu entrevista exclusiva ao Programa Isabele Benito sobre os ataques criminosos na Zona Oeste na tarde da segunda-feiraO governador do Rio, Claudio Castro (PL) concedeu uma entrevista exclusiva na manhã desta terça-feira (24) ao Programa Isabele Benito, para falar das ações do governo do estado em reação aos ataques de criminosos na Zona Oeste do Rio na tarde da segunda (23).
Segundo o governador, a região já vive praticamente na normalidade: “Mais de 80% da frota de ônibus já voltou. Temos, o que é normal, um pequeno déficit na educação ainda. As mães ficam com medo de mandar os seus filhos no dia seguinte, sobretudo de uma situação grave como aconteceu. Já temos quase 100% da energia restabelecida naqueles pontos.”
Segundo o governador, a operação de segunda foi pontual, com base em trabalhos de inteligência. “Foi uma operação pontual, nós sabíamos onde o criminoso estava, fomos atrás dele, houve uma reação deles, o miliciano acabou abatido. O que aconteceu de diferente foi a reação desproporcional que eles fizeram. Então a polícia fez o trabalho de inteligência, de investigação, e eliminou um dos maiores criminosos do Brasil”, afirmou.
O governador também afirmou que as forças de segurança do estado chegaram muito perto de prender Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
“A inteligência mostra que nós realmente quase pegamos o Zinho, ficou muito perto de nós pegarmos ele, um criminoso que não está só no nosso top 3, não, está no top 3 da Polícia Federal também. Então demonstra a dificuldade que é pegar um miliciano desse. Nós chegamos muito perto, a reação deles é uma prova inequívoca disso”, disse.
Castro também explicou o pedido que fez ao presidente Lula de apoio das forças federais no enfrentamento ao crime no Rio de Janeiro.
“O meu pedido ao presidente da República que ele reforçasse as áreas federais, ou seja, as estradas federais, a Baía de Guanabara e os portos e os aeroportos, para que tanto as Forças Armadas, quanto as forças de segurança federais, fizessem também essa asfixia financeira, porque são crimes federais. O meu pedido ao Flávio Dino [Ministro da Justiça e Segurança Pública] e ao presidente Lula foi, que esse trabalho, que ele já vem fazendo, seja reforçado para que o nosso trabalho aqui também não vire um enxugar de gelo.”
O governador também deixou uma mensagem à população da Zona Oeste:
“Não nos aquietaremos enquanto você não tiver o seu direito de ir e vir garantido, enquanto seu filho não puder ir para a escola com tranquilidade e você poder sair para trabalhar e voltar sem o jugo de tráfico, sem o jugo de milícia […] não é uma guerra fácil, não é uma guerra simples, mas nós não desistiremos de cada morador, de cada moradora de lugar nenhum do estado, muito menos o da nossa Zona Oeste”, concluiu.