Política
Em almoço na Fiesp, Bolsonaro manda recado para Guedes: ‘A melhor reforma é a que vai ser aprovada’
Presidente garantiu conceder autonomia para os ministros trabalharem, mas disse que eventualmente apresenta discordâncias com as propostas da equipe de governoO presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), declarou nesta segunda-feira, durante almoço na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o mais importante é aprovar as reformas econômicas, ainda que as mudanças não correspondam ao projetos iniciais do governo. “A melhor reforma é a que vai ser aprovada”, destacou o presidente em sua fala.
“Temos discutido com ele (Paulo Guedes, ministro da Economia) a questão das reformas econômicas. E, obviamente, falo para ele, depois de 28 anos dentro da Câmara, sem termos aprovado nada no tocante a esse assunto, que a melhor reforma é aquela que vai ser aprovada. Não adianta termos um sonho”, declarou Bolsonaro acerca das conversas de “alinhamento” com Guedes.
O presidente disse ainda que concede autonomia para os seus ministros trabalharem, mas eventualmente apresenta discordâncias com as propostas da equipe de governo. “Quando ele falou, há pouco, que queria aumentar o imposto da cerveja, apesar de não ser um amante desse esporte, me coloquei contra”, relembrou acerca da proposta do ministro da Economia de sobretaxar bebidas alcoólicas, cigarros e alimentos açucarados.
Manifestantes protestam contra o governo
Bolsonaro compareceu ao almoço na Fiesp acompanhado do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e da atriz Regina Duarte, que recentemente aceitou comandar a Secretaria Nacional de Cultura. Pouco antes de sua chegada na sede da federação, na Avenida Paulista, protestos foram realizados próximo ao local.
Sob chuva forte, militantes de centrais sindicais se concentraram no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) com bandeiras e batendo panelas. Os manifestantes reivindicavam soluções, por parte do governo federal, para o desemprego. Além disso, protestavam contra a privatização de empresas estatais.
Impedidos pela Polícia Militar de caminhar até o prédio da Fiesp, a menos de um quarteirão do museu, os manifestantes se dispersaram antes da chegada do presidente.