Brasil
Damares pede apuração sobre vazamento de dados no caso de estupro
Solicitação foi enviada ao ministro da Justiça, André Mendonça, e pede o encaminhamento do caso à Polícia FederalDamares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que uma investigação seja aberta sobre o vazamento de dados sigilosos da menina de 10 anos que foi estuprada e engravidada pelo tio, em São Mateus, no Espírito Santo. No domingo (16) a extremista Sara Giromini divulgou nas redes sociais o nome da criança, prática vedada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Sara é ex-funcionária da pasta comandada por Damares.
O ofício enviado nessa quarta-feira (19) ao ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pede o encaminhamento do caso à Polícia Federal, além da articulação com a Polícia Judiciária do Estado do Espírito Santo para o indiciamento dos responsáveis. Na segunda-feira (17), o Ministério Público do Espírito Santo também informou que vai apurar o vazamento das informações.
A descoberta do estupro ocorreu na semana passada após a criança ter sido levada para um hospital em São Mateus com sintomas de gravidez. No local, exames confirmaram que a menina estava grávida de três meses. A criança também relatou que sofria abusos sexuais. Na terça-feira (18), a Polícia Civil do Espírito Santo confirmou a prisão do suspeito, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.
O caso provocou revolta na cidade e mobilização nas redes sociais. De acordo com o Ministério Público, a Justiça determinou que o Facebook, Twitter e Google retirem da internet publicações que expuseram o nome da criança e o hospital onde ela fez o procedimento de aborto legal, autorizado pela Justiça. Além disso, os promotores relatam que grupos teriam ameaçado familiares da vítima.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que o caso vem sendo acompanhado pela equipe da pasta desde que a denúncia chegou por meio do Disque 100.