Política
CPI dos Trens na Alerj investigará serviço prestado pela concessionária Supervia
Inquérito tem o mesmo deputado-relator do Impeachment do ex-governador Wilson Witzel, no Tribunal Especial Misto (TEM), Waldeck Carneiro (PT), com presidência de Lucinha (PSDB), parlamentar que milita na Zona Oeste do RioFoi instalada nesta quinta-feira (24) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que promete destrinchar a questão dos problemas cotidianos nos trens no Estado do Rio de Janeiro. A CPI dos Trens/Supervia tem o mesmo deputado-relator do Impeachment do ex-governador Wilson Witzel no Tribunal Especial Misto (TEM), Waldeck Carneiro (PT), com presidência de Lucinha (PSDB), parlamentar que milita na Zona Oeste do Rio.
O objetivo da CPI é investigar denúncias; apurar Interrupções nos serviços dos trens suburbanos, os atrasos entre os horários de chegadas e partidas, a superlotação das composições, a duração das viagens, a acessibilidade das estações, a construção de banheiros; analisar as condições de trabalho dos funcionários, dos trens e das estações; cobrar o retorno do ramal Santa Cruz–Central do Brasil; e trazer à tona os danos sofridos pelos usuários relacionados à má prestação do serviço da concessionária de transporte ferroviário no Estado do Rio de Janeiro (Supervia).
De acordo com Waldeck, a pauta do transporte público e da mobilidade urbana é muito importante para a vida cotidiana da população trabalhadora. “O transporte ferroviário é o modal mais popular no estado do Rio. Precisamos dialogar com o acúmulo de refexões já existentes produzidas por pesquisadores, pelas universidades e por entidades da sociedade civil que se especializaram no tema. Temos de nos debruçar em diversas questões, como o papel da agência reguladora estatal, no sentido de melhorar o controle dos serviços, tendo como referência o interesse do usuário”, disse.
Segundo o parlamentar, também é necessário levar em conta os investimentos que precisam ser feitos para que os trens adquiram um padrão de qualidade semelhante ao do metrô. “Isso em termos de segurança, acessibilidade, pontualidade e conforto, além da tarifa, que é uma questão central, pois o indexador sobre as passagens é atrelado ao dólar. Não se pode sustentar este modal apenas com receitas tarifárias. Precisamos encontrar outras alternativas, pois senão será sempre o usuário a responder pela necessidade de aumento dos valores”, explicou.
Recentemente, a Alerj fez uma CPI sobre transportes públicos e Waldeck quer tirar proveito do conteúdo do relatório final. “Esperamos, com isso, criar as condições para que o Rio redesenhe este que é um de seus principais desafios: a liberdade de ir e vir no transporte ferroviário. Por isso decidi encarar o desafio da Relatoria desta CPI”, afirmou o deputado.